Saneamento básico no Brasil ganha investimento forte após aprovação no Senado

A recente aprovação do marco regulatório do setor de saneamento básico tem potencial para atrair fundos e grupos especializados em especial do exterior, de acordo com as expectativas de especialistas. Já de início, esta aprovação vai aumentar a concorrência em três licitações previstas para acontecerem este ano.

Saneamento básico no Brasil ganha investimento forte após aprovação no Senado
Saneamento básico no Brasil ganha investimento forte após aprovação no Senado (Foto Google)

Os processos de concessão de estatais do setor de Alagoas que tem leilão marcado para o mês de setembro, Cariacica (ES) e Rio de Janeiro, com a Cedae, estruturados pelo BNDES, resultam juntos em um montante de cerca de R$ 37 bilhões em previsão de investimento em contratos de 30 ou 35 anos.

Nos cinco anos iniciais, de acordo com especialistas, o aporte nesse trio de licitações poderia atingir R$ 15 bilhões.

É uma pena pensar que este montante é como um grão de areia, já que para 99% da população brasileira ter acesso a água potável e 90% a coleta e tratamento de esgoto até 2033 são necessários R$700 bilhões em recursos.

Atualmente no país, existem cerca de 35 milhões de pessoas sem água tratada e 104 milhões, o equivalente a quase metade da população, sem tratamento e coleta de esgoto. Números que preocupam.

Percy Soares Neto o diretor executivo da Abcon (Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto), disse acreditar que com a regulação, os projetos e as empresas vão se tornar mais chamativos, resultando em valores mais elevados em outorgas nos leilões e elevarão o valor de mercado das companhias.

De acordo com estimativas do BNDS serão mais de R$53 bilhões de investimentos em projetos para a concessão de saneamento básico no Brasil. Existem outro projetos sendo tocados por fora, como no Mato Grosso do Sul.

A nova legislação apresenta três principais pilares que provocarão uma mudança no setor. A regulação dos processos e a concepção de diretrizes técnicas, deixa o investidor mais seguro.

Depois, determina que os serviços de saneamento sejam concedidos somente através de licitação, o que garante que toda empresa pública ou privada irá concorrer com outros interessados. Por fim, cria um mecanismo de concessões em bloco, o que permite agrupar municípios e regiões lucrativas e deficitárias.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.