Reabertura em Belo Horizonte pode ser flexibilizada a partir desta sexta-feira 

Hoje (19), o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil (PSD), vai anunciar se acontecerá a flexibilização da quarentena para uma reabertura gradual da economia. Assim, outros setores do comércio poderão voltar a funcionar depois de três meses fechados por conta do isolamento social. A reabertura em Belo Horizonte acabou se tornando uma disputa de forças entre governo municipal e estadual. 

Reabertura em Belo Horizonte pode ser flexibilizada a partir desta sexta-feira 
Reabertura em Belo Horizonte pode ser flexibilizada a partir desta sexta-feira (Imagem: Reprodução/Google)

A capital está em estado de alerta, já que o governador Romeu Zema (Novo) afirmou ontem (18), que o Executivo estadual pode tomar medidas mais drásticas para conter o avanço da doença no estado.

Kalil, anunciou na semana passada que iria frear a flexibilização da reabertura em Belo Horizonte, reconhecendo que a doença se expandiu depois da prefeitura liberar o funcionamento de alguns comércios.

Até agora, estão liberados apenas os serviços essenciais e alguns setores, como lojas de artigos usados, materiais esportivos, calçados, artigos de viagem, joalherias e bebidas. Cada um dos setores teve um horário estabelecido para abrir seus espaços, para evitar aglomerações no metrô e nos ônibus.

O governador e o prefeito, estão travando disputas políticas desde que a doença começou a se espalhar pelo país, isso pois foram tomadas medidas diferentes por eles.

O prefeito estava rígido nas medidas de isolamento social durante algum tempo e optou por não aderir ao programa Minas Consciente, criado pelo governo do estado para orientar criteriosamente a abertura das atividades. 

Na capital mineira, os casos de infectados são 3.810 pessoas e 86 óbitos, segundo boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde no dia 18 de junho.

A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento de covid-19 passou do dobro na rede hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital mineira, desde o início da reabertura do comércio da cidade, em 25 de maio.

De acordo com dados da prefeitura, os leitos reservados para pacientes com a doença passou de 40%, em 22 de maio, para 82%, conforme relatório mais recente, divulgado na noite de segunda-feira, referente ao dia 14, domingo.

Diversos setores do comércio pressionam a prefeitura para que fossem liberadas as atividades, por conta da perda de arrecadação financeira desde o início da pandemia. 

Segundo um balanço feito pela Câmara dos Dirigentes Logistas (CDL-BH), o comércio teve prejuízo de 70% com o fechamento das atividades na capital.

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