A pandemia do coronavírus, causou efeitos no comércio e serviços que podem levar as empresas do estado do Rio de Janeiro a buscar empréstimos nas instituições financeiras. A informação veio de uma pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ).
A pesquisa apontou que 38,7% dos empresários pretendem recorrer a algum tipo de crédito para manter o seu negócio, isso representa que 4 em cada 10 precisam desse recurso emprestado. Foram ouvidos cerca de 470 empresários no estado para avaliar os impactos do isolamento social.
De acordo com a pesquisa, esse prolongamento no registro de mortes por causas naturais aumentaram 11,3% nos cartórios do país, atingindo a economia da cidade, que já vinha enfrentando problemas antes disso.
O Fecomércio queria saber a causa de uma parcela dos empresários não ter a intenção de recorrer aos créditos, mesmo que estejam em uma situação difícil.
O levantamento aponta que 32,3% dos entrevistados consideram que “não faz sentido” pegar dinheiro emprestado, pois não é certeza que sua empresa vá sobreviver a crise.
Ao menos 14% disseram que precisam do crédito, mas estão inadimplentes, e 10,4% disseram que precisam mas que as taxas de juros são muito altas.
Já cerca de 9,1 dos empresários afirmaram que precisam do crédito, mas que não gostam dessa prática de tomar dinheiro emprestado. E 7,9% enxergam que o excesso de burocracia atrapalha na hora de tomar o crédito.
Todos os entrevistados, 19,5% informaram que não precisam do crédito, isso, pois suas empresas estão saudáveis.
Segundo o diretor do Instituto, João Gomes, a demora do governo em disponibilizar as linhas de crédito mais acessíveis para os negócios menores fez com que aumentasse o número de empresas que necessitam do empréstimo. Mas elas não fazem essa solicitação por medo de não conseguirem sobreviver a essa crise do mercado.
“Se houvesse linhas de crédito mais baratas, o risco de tomar crédito e depois não conseguir pagá-lo seria menor e, portanto, seria também menor o número de empresários que hoje não tomam recursos com medo de não sobreviver”, ressaltou.