Seguro desemprego aumenta número de pedidos em 53%

Em meio a pandemia do novo coronavírus diversas ações de impacto foram observadas. A economia em crise, os empregos e geração de renda são influenciados. Com a necessidade do fechamento em detrimento ao isolamento social, o desemprego aumentou. Dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo Ministério da Economia apontam que o número de pedidos do seguro-desemprego no país aumentou nos últimos meses. Quando observado o número de maio, foram 960.258 solicitações ao benefício.

Seguro desemprego aumenta número de pedidos em 53% (Reprodução/Internet)
Seguro desemprego aumenta número de pedidos em 53% (Reprodução/Internet)

Pode parecer um dado qualquer, mas quando comparamos com os do ano passado é observado um crescimento de 53%. Em maio de 2019, 627.779 brasileiros precisaram pedir o seguro ao governo.

Ainda quando observamos o mês de abril, deste ano, no qual a pandemia já estava modificando as formas de economia do país, os dados ainda apontam um crescimento de 28,3% do mês ao mês, quando registrado 748.540 casos.

É importante lembrar que os dados servem como uma base para tentar medir os impactos que a crise do covid-19 provocou no cenário econômico brasileiro desde a segunda quinzena de março, quando as medidas de restrição já começaram a valer.

Os estados que mais tiveram solicitações do seguro desemprego foram os de São Paulo, totalizando 281.360, seguido de Minas Gerais com 103.329 e o Rio de Janeiro que somou mais de 82 mil pedidos no último mês.

Em comunicado enviado à imprensa, o Ministério da Economia destacou que não foi mais verificado número atípico de beneficiários que ainda não tenham realizado a solicitação do seguro-desemprego.

Uma das novidades para este ano – também em detrimento da pandemia do novo coronavírus – é que os pedidos podem ser realizados através da internet, seja por meio do portal gov.br ou pela Carteira de Trabalho Digital.

O número de pedidos realizados por este meio em 2020 foram de 1.653.040, equivalente a 50,1% do total. Já os demais, 49,9% foi realizado presencialmente. Quando comparado ao ano passado, pedidos online representavam apenas 1,5%.

Além destes pontos, o relatório ainda pontou o perfil dos solicitantes. A maioria dos desempregados em maio foram as mulheres, representando 41,3% e homens com 58,7%. Já pessoas da meia idade foram os mais impactados, pois maiores solicitações foram na faixa etária de 30 a 39 anos.
Por fim, 61,4% dos pedidos foram feitos por aqueles que têm ensino médio completo. Maior número de solicitações por setores foi da área de serviços com 42%, seguida do comércio com 25,8%, indústria somando 20,5%, a de construção 8,2% e agropecuária 3,4%.