Micro e médias empresas passarão a contar com reforços financeiros. Nessa semana, o governo federal validou a medida provisória que determina a criação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A oficialização foi feita nesta terça-feira (2), por meio de uma publicação no Diário Oficial da União. O projeto permitirá que empresários com faturamento entre R$ 300 mil e R$ 360 mil tenham acesso a empréstimos de forma mais rápida.
A iniciativa foi desenvolvida como uma das medidas de contenção dos efeitos do novo coronavírus. Com a crise econômica que assola o país, diversos pequenos negócios estão tendo suas portas fechadas mediante a falta de recursos. Desse modo, o governo federal decidiu lançar o projeto para que, em parceria com as instituições bancárias, esse grupo possa ser segurado.
De acordo com o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, o Pronampe permitirá que as empresas consigam manter suas folhas de pagamento e realizem as manutenções de seus serviços. Além de garantir a rotatividade do mercado, o gestor afirma que a proposta reduzirá o número de demissões em todo o país.
“Devemos aprovar o regulamento hoje ou amanhã. O Banco do Brasil está com sistema pronto, aí é questão de os bancos colocarem esse crédito disponível na ponta. Aí é acompanhar pra ver o dinheiro chegando. Garantimos 100% de cada operação até o limite de 85% de cada carteira. Os bancos não tem porque segurar ela [a linha de crédito]. Semana que vem, espero que esteja na ponta. Vamos ficar no pé dos bancos“, afirmou ao G1.
Em entrevista, o secretário ainda explicou que a validação do presidente Jair Bolsonaro, foi adiada para poder garantir as negociações com o Congresso Nacional, de modo que não travasse o projeto.
“Não tinha como ser mais ágil porque vetamos alguns artigos. Se eles não tivessem sido vetados, o Pronampe não ia rodar [funcionar corretamente]. Queríamos ter certeza que ia ‘rodar’ na ponta. Fizemos vários conversas com Banco do Brasil, Caixa, cooperativas interessadas, e conversarmos com o Congresso Nacional”, disse.