Fraudes usando CPF de inocentes cresce mais de 160%; saiba como se proteger!

Número de fraudes por meio da utilização de documentos cresce no Brasil. Com a necessidade da realização de compras online, por causa do isolamento social determinado pelo novo coronavírus, as estatísticas de golpe utilizando o CPF de terceiros cresceram em mais de 166%. O levantamento foi feito por meio da empresa de proteção de identidade, Acesso Digital, levando em consideração os cadastros realizados nos portais de grandes marcas. 

Fraudes usando CPF de inocentes cresce mais de 160%; saiba como se proteger! (Imagem: Reprodução - Google)
Fraudes usando CPF de inocentes cresce mais de 160%; saiba como se proteger! (Imagem: Reprodução – Google)

Para desenvolver o estudo, a empresa avaliou mais de 20 milhões de cadastros realizados apenas neste ano. Pode-se identificar que, com a quarentena, as compras virtuais cresceram em aproximadamente 30% e com isso o roubo de dados foi amplificado.  

Entre janeiro e abril, a empresa encontrou mais de 80 mil tentativas de fraude, o que representa um prejuízo financeiro de aproximadamente R$ 172 milhões. Os horários com o maior índice de tentativas são entre às 14h e às 15h, nas terças e quartas-feiras. Foram registradas uma fraude a cada 2 minutos e 4 segundos.  

Como proteger seu CPF

A empresa explica que para evitar cair no golpe das quadrilhas, a primeira coisa a se fazer é evitar deixar salvo os números de documentos e cartões. Além disso, ao abrir registros em sites de compras, recomenda-se que os cadastros não fiquem com as senhas salvas automaticamente.  

Bárbara Simão, advogada especialista em direitos digitais do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), explica que a regra é sempre desconfiar do comprador e ficar atento aos dados solicitados. 

— O cliente não é obrigado de maneira alguma a fornecer seu CPF em compras físicas. Se for necessário, é melhor escrevê-lo ou digitá-lo do que dizer em voz alta. Em compras on-line nas quais o CPF é exigido, cheque se o site é confiável, se a conexão é segura e se há reclamações — aconselha. 

Golpe no pagamento do auxílio  

Além das compras digitais, os golpes também são aplicados para quem vai receber o auxílio emergencial. Muitas quadrilhas estão criando sites fakes, similar ao portal do governo, solicitando que os usuários informem seus registros. Ao confirmar os dados, o cidadão, sem consentimento, autoriza que o gerenciador do site consiga salvar todos os seus documentos.  

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.