Bancos discutem ampliar valor limite para pagamentos por aproximação

Pela primeira vez, os bancos concordaram em definir um valor maior e único para os pagamentos por aproximação feitos com cartão de crédito ou débito. A tecnologia já tem sido utilizada por diversas instituições, e o diferencial é autorizar o débito sem a exigência de senha.

Bancos discutem ampliar valor limite para pagamento por aproximação
Bancos discutem ampliar valor limite para pagamento por aproximação (Foto: Google)

Ontem (27), foi realizada uma reunião liderada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), para debater sobre isso. Apesar disso, o novo teto ainda não teria sido definido. 

Em uma entrevista concedida ao Estadão, uma fonte que não quis se identificar disse que “Pela primeira vez todos os players do setor de cartões concordaram que devemos ter um novo valor único padronizado pela indústria. O mesmo novo valor deve ser aceito por todos os (bancos) emissores”.

Hoje, o valor máximo para a realização de transações com o cartão sem ter que informar senha é de R$50.

A ideia do setor é que o valor seja ampliado para, ao menos, o dobro. Esse é um pleito antigo dos banco sobre essa tecnologia, porém ganhou mais força após a pandemia causada pelo coronavírus. Já que as medidas de segurança e de saúde por conta do coronavírus, estimularam que essa tecnologia fosse utilizada com mais frequência no país

No primeiro trimestre, os pagamentos por aproximação saltaram de 456%, movimentando R$ 3,9 bilhões, segundo o balanço divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). 

Apenas em março, no qual os números já foram afetados pela pandemia devido às medidas de isolamento social, o volume financeiro chegou a R$ 1,384 bilhão. Essa é a maior cifra já registrada pelo setor, conforme a base histórica da entidade.

De acordo com o presidente da Abecs, Pedro Coutinho, essa forma de pagamento dá muitas vantagens para o consumidor e, por isso, o aumento do valor máximo está sendo discutido. 

Porém, até o momento, não existia consenso na padronização de um teto. “O limite atual é de R$ 50,00, mas vai depender da decisão de cada banco emissor”, explicou ele, em coletiva de imprensa.

A ampliação do limite promete fazer o mercado deslanchar, pois no país ele ainda é pequeno.

O setor representou menos de 1% de todo o volume do segmento no primeiro trimestre. De janeiro a março, foram R$ 475,7 bilhões, cifra 14,1% maior que a vista um ano antes. A pandemia já teria impactado o segmento em, ao menos, cerca de R$ 20 bilhões que deixaram de ser transacionados por cartões no período.

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