Na última terça-feira (19), o banco Bradesco anunciou que vai estender a prorrogação de prazo de dívidas de 60 dias para até 120 dias de carência para as empresas e pessoas físicas. Isso por conta da pandemia causada pelo coronavírus.
Esta opção está disponível também para aqueles clientes do banco que já tinham solicitado a prorrogação.
Além disso, o banco anunciou que as novas operações terão 90 dias de carência e prazo de até 72 meses para a realização do pagamento, porém, a medida abrange apenas algumas linhas.
Para as pessoas físicas, estão inclusos o crédito pessoal, crédito direto ao consumidor (CDC) veículos, crédito parcelado, imobiliário e cheque especial.
Para as pessoas jurídicas, essa prorrogação vale apenas para os empréstimos visando o capital de giro.
De acordo com o diretor de empréstimos e financiamento do banco, Leandro Diniz, o novo programa poderá viabilizar cerca de R$50 bilhões em repactuações. Ao todo, o Bradesco já prorrogou R$40 bilhões.
No dia 16 de março, os cinco maiores bancos do Brasil como o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander afirmaram que estariam a disposição para discutir sobre a prorrogação pelo período de 60 dias para as pessoas físicas e jurídicas.
O Bradesco informou ainda que vai estender, por conta própria, a sua linha voltada para as folhas de pagamento de empresas que possuem o faturamento anual abaixo do valor de R$360 mil e acima de R$10 milhões. Para isso, foi disponibilizado um limite pré-aprovado de R$2,4 milhões para essas empresas.
Mas, a linha do banco será mais cara, enquanto as taxas de juros dos financiamentos cedidos com garantia do Tesouro Nacional começam em 0,31% ao mês, a nova modalidade do banco cobra a partir de 0,65% ao mês. A linha conta com a carência de até seis meses.
Hoje, esse financiamento para a realização do pagamento dos salários de funcionários faz parte de uma medida anunciada pelo governo no mês de abril.
Essa medida liberou cerca de R$40 bilhões para que fosse realizado, sendo 85% financiado pelo Tesouro Nacional e 15% pelos bancos.