Em uma videoconferência realizada ontem (20), com o presidente Jair Bolsonaro e os governadores, tendo como o objetivo de tratar assuntos sobre o combate ao coronavírus, foi mencionado o desejo do governo de congelar os salários dos servidores até o ano que vem.
O presidente confirmou que deve sancionar um projeto de auxilio financeiro aos estados e municípios. Participaram da conferência ao lado de Bolsonaro os presidente de Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Os dois falaram mais uma vez que é importante fornecer ajuda aos estados, e a união entre os governos federal e estaduais para o combate a pandemia.
Desta vez, o clima na reunião era amigável entre todos após rusgas nos últimos meses. Bolsonaro sempre foi crítico com relação as medidas de isolamento executadas para conter o coronavírus. Ele solicitou um consenso em torno da manutenção de seus vetos ao projeto de auxílio financeiro aos estados.
Um desses trechos vetados permitia o reajuste aos servidores no período da pandemia. O congelamento era uma contrapartida solicitada pelo governo, porém o texto foi alterado no Congresso.
“Bem como nesse momento difícil que o trabalhador enfrenta, alguns perderam seus empregos, outros tendo salário reduzido, os informais que foram duramente atingidos nesse momento, buscar maneiras de, ao restringirmos alguma coisa até 31 de dezembro do ano que vem, isso tem a ver com servidor público da União, Estados e municípios, nós possamos vencer essa crise” disse Bolsonaro.
Sobre o congelamento dos salários, o presidente disse que “O mais importante: se possível sair uma proposta aqui por unanimidade de nós, ao vetarmos quatro dispositivos, um que é de extrema importância, que esse veto venha a ser mantido por parte do parlamento. Porque é assim que vamos construir nossa política, nos entendendo cada vez mais”.
Projeto de socorro aos estados
Paulo Guedes ministro da economia, disse que a videoconferência é uma oportunidade de melhorar as relações entre os governos federais e estaduais.
Um dos temas que o ministro pretendia definir na reunião é um conjunto de possíveis vetos ao projeto de socorro para os estados e municípios que foi aprovado no dia 6 de maio, mas que ainda aguarda sanção do presidente.
Bolsonaro e o ministro desejam que os governadores garantam que vão ajudar a manter os vetos que impedem os reajustes salariais a categorias do funcionalismo público nas três esferas. Guedes comunicou seu receio de que o dinheiro destinado a saúde, seja usado para possibilitar os reajustes salariais em ano de eleição.