Uma das principais recomendações par evitar o contágio pelo coronavírus é o isolamento social. Porém, está medida alterou não só a rotina de gastos como também as de ganho. Em um levantamento realizado pelo aplicativo Guiabolso, que considerou os dados de 410 mil usuários, mesmo entre os trabalhadores CLT, que conta com renda mais estável, mostrou que foi alto o porcentual de pessoas que sofrerão com a redução de salários (54%).
A pesquisa realizada nos últimos dias do mês de abril, segundo a economista Yolanda Fordelone, revelou que em maior ou menor grau, várias empresas já estão utilizando a Medida Provisória que autoriza a redução de salários e jornada de trabalho.
Já entre os trabalhadores informais e autônomos, a perda de ganhos foi ainda maior atingindo 61%. Este índice leva em consideração os 30 dias que antecederam o levantamento.
A pesquisa foi feita com base em usuários que contavam com renda entre R$600 e R$15 mil. A queda entre os trabalhadores CLT foi em torno de 31%. Entre os PJs, autônomos e informais a queda atingiu 37%.
Ao estudar as faixas de redução, a grande parte dos trabalhadores CLT (22%) e PJs (19%), sofreram com uma redução de até 20% em seus ganhos mensais.
Porém, o maior impacto aconteceu entre os autônomos ou informais, pois tanto as faixas de redução entre 20% e 40% da renda e a de até 20% foram significativas, somando 17% das pessoas cada uma.
Por fim, Yolanda acredita que mesmo recebendo o auxílio emergencial do governo de R$600, os trabalhadores autônomos e informais continuam sendo o grupo mais atingido em termo de renda.
Por mais que eles tentassem adaptar seus negócios para vendas online, por exemplo, a redução na demanda foi muito sentida no último mês.
Mais de 5 milhões de contrato de trabalho mantidos
De acordo com o Ministério da Economia, até o início de maio, 5,447 milhões de empregos foram mantidos pelo redução de jornada e salários. O montante a ser pago pelo governo chega a R$ 9,923 bilhões. O governo estima um gasto de até R$ 51,2 bilhões com o programa.
A redução do salário pode ser de 25%, 50% ou de 70% e sua duração é de no máximo 90 dias. Já a suspensão do contrato pode durar até 60 dias.