Secretário descarta auxílio emergencial permanente, mas traz NOVA solução para o país

O pagamento do auxilio emergencial de R$600, foi uma ajuda essencial para muitas famílias neste momento complicado causado pela pandemia. Porém, segundo Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional, tornar esta ajuda permanente seria inviável pelo seu alto custo as contas públicas.

Secretário descarta auxílio emergencial permanente, mas traz NOVA solução para o país
Secretário descarta auxílio emergencial permanente, mas traz NOVA solução para o país (Foto Google)

A afirmação de Mansueto foi feita em uma audiência pública virtual realizada pela Comissão Mista do Congresso com o objetivo de acompanhar a situação fiscal, e a execução orçamentária e financeira das medidas tomadas para o combate ao coronavírus.

Ele acredita que o melhor a ser feito é tornar fixas as políticas direcionadas as pessoas mais pobres e deu como exemplo o Bolsa Família, que já existe a 15 anos e sempre teve um grande nível de aprovação. Com o programa é gasto cerca de R$30 bilhões anualmente, o que é considerado barato.

Mansueto então defende que o Bolsa Família, a saúde pública e a educação sejam sempre melhorados e afirma que o melhor caminho para a informalidade não é inserir uma média de 40 milhões de pessoas em programas de transferência de rendas.

Para o secretário, a solução para esta questão esta ligada muitas vezes a carga tributária e a educação profissionalizante.

“Temos que combater o que leva ao aumento da informalidade. Às vezes, é a carga tributária; às vezes, é um sistema tributário complexo, em que o dono de uma mercearia, o dono de uma oficina pequena não consegue nem preencher o papel para pagar imposto; às vezes, é falta de treinamento para aquele trabalhador que tem baixa escolaridade e não consegue um emprego na economia formal”, afirmou.

Sobre a questão das contas públicas no momento atual, Mansueto comunicou que o déficit primário (gastos maiores que a receita), deve atingir este ano, no melhor dos cenários, a R$600 bilhões ou até mais, R$700 bilhões.

Por este motivo ele reafirma que é preciso cautela para não perder o foco e conciliar responsabilidade fiscal com o aumento dos gastos que foram necessários para combater a crise causada pela pandemia do coronavírus.

O ministro acredita que se as despesas permanentes crescerem e acontecer uma sinalização de um déficit maior nos anos seguintes, além do que já estava previsto, o Brasil corre o risco de enfrentar problemas com falta de credibilidade e as pessoas exigirem juros muito altos para emprestar dinheiro ao governo.