Empréstimo para empresas alcança número surpreendente durante crise

Em meio a pandemia do novo coronavírus, as empresas estão recorrendo à empréstimo bancário para tentar um suspiro durante o momento de crise. De acordo com levantamento divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (28), houve um aumento nesta solicitação.

Empréstimo para empresas cresce em março durante crise do Covid-19 (Reprodução/Internet)
Empréstimo para empresas alcança número impressionante durante crise  (Reprodução/Internet)

Para empresas, houve um aumento de 28,2% na concessão de crédito. Especialistas destacam que além da crise do covid-19, aumento da demanda das empresas por desconto de duplicata e antecipação de fatura do cartão de crédito também influenciam neste movimento.

Análise do Banco Central também pontua que o aumento foi maior do que esperado, refletindo a necessidade de fluxo de caixa das empresas em meio à pandemia. Em números gerais, R$ 396,8 bilhões foram repassados em crédito no mês de março.

Quando observado o crédito para pessoas físicas, em comparação a fevereiro, houve queda de 11,4%. Ainda são observados relatos de que clientes estão encontrando dificuldade na concessão desses benefícios, em especial os direcionados a pequenas e médias empresas.

Questionada, Caixa detalha: “Não temos informações suficientes para afirmar ou negar”. Vale ressaltar que as modalidades de empréstimo são divididas em dois tipos, o crédito livre e o direcionado; conheça dados de março:

  • Crédito Livre: Destinado para as empresas, as concessões em março chegaram a R$ 216,083 bilhões. Houve crescimento de 33,5%, comparado ao mês anterior. Para pessoa física, totalizaram R$ 153,911 bilhões, a queda de 12% em relação ao mês anterior.

No caso do crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.

  • Crédito direcionado: Destinado para empresas totalizaram R$ 8,828 bilhões, em março, com expansão de 16,7% em relação ao mês anterior. Já em relação a pessoa física, totalizou R$ 17,961 bilhões, em março, com queda de 2,3%.

Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

Devido ao isolamento social as empresas são as que mais sofrem com o período de pandemia. Principalmente aqueles que dependiam na frequência das pessoas nas ruas, por exemplo, lojas de shoppings, restaurantes, e as localizadas em grandes centros.

O empréstimo acaba sendo um dos únicos meios de sobrevivência a curto prazo, considerando que há pagamentos a serem feitos.