Nesta quarta-feira (22), o governador João Doria, vai apresentar um plano de saída gradual da quarentena no estado de São Paulo. O isolamento social começou em 24 de março, e foi estendido até o dia 10 de maio.
Inicialmente, o programa vai começar a valer a partir do dia 11 de maio, um dia após o término da quarentena.
Com isso, o fim do isolamento não será antecipado como deseja o presidente Jair Bolsonaro.
O plano foi elaborado por uma equipe multidisciplinar que envolveu a indústria, comércio, o setor de serviços e a área de ciência e tecnologia.
Participaram dessa elaboração os secretários Henrique Meirelles (Fazenda) e Patrícia Ellen (Desenvolvimento Econômico), e por economistas como Ana Carla Abrão e Pérsio Arida. Além disso, foram ouvidos ainda 338 dirigentes empresariais e empresários.
Essa decisão levou em consideração o fato de o estado estar se aproximando do pico da curva de contágio da covid-19, que deve ocorrer na semana de 28 de abril, de acordo com projeções do gabinete de crise e segundo o atual número de notificação de doentes no Estado.
Neste mesmo dia, o governo deve anunciar o fim da fila de testes para detectar a infecção pelo coronavírus, uma das partes fundamentais para a decisão de reabertura parcial e gradual do comércio.
A estratégia do governo é evitar que sejam surpreendido pelo aumento da subnotificação de casos, hipótese em que o sistema de saúde entraria em colapso da capacidade de atender doentes que precisem ser internados em enfermaria e UTI. Até sexta-feira (17) haviam ainda 9.400 exames pendentes de resultado.
O governo está trabalhando com sistema para rastrear possíveis doentes por telefone, aquele que apresenta sintomas da doença liga para a secretaria de Saúde e faz um relato.
Até a segunda semana de maio, o governo paulista deverá iniciar um protocolo de testes por amostragem, na tentativa de manter projeções confiáveis sobre a curva de crescimento da doença.
Os critérios para o retorno das atividades ainda não estão definidos, ele deve ser feito com base no índice de infecção por região.
Algumas empresas deverão viabilizar cursos para funcionários e colaboradores, de modo a adotar à riscar protocolos rígidos de prevenção ao vírus.