BPC sofre mudanças e beneficiados ficam confusos: qual regra vale?

Crise do coronavírus e instabilidade parlamentar deixa beneficiários do BPC em dúvida sobre o direito ao recebimento. Desde o mês de março, o Benefício da Prestação Continuada vem passando por uma série de reformulações que tem como finalidade aumentar o teto do pagamento. Inicialmente, o Congresso aprovou uma proposta que dobraria o número de brasileiros com acesso ao auxílio, mas a mesma foi reprovada pelo presidente, Jair Bolsonaro.

BPC sofre mudanças e beneficiados ficam confusos: qual regra vale? (Imagem: Reprodução - Google)
BPC sofre mudanças e beneficiados ficam confusos: qual regra vale? (Imagem: Reprodução – Google)

Desde então, o texto do projeto foi reajustado diversas vezes, gerando uma instabilidade na liberação do mesmo e também um clima de tensão entre os parlamentares envolvidos. Inicialmente, o valor máximo para ter acesso ao BPC era de R$ 261, passou pela sugestão de R$ 522 e voltou para a quantia inicial. Entenda as tramitações no texto abaixo.

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Alteração das propostas

A ampliação do BPC era um assunto em pauta desde a primeira semana de março. Em reuniões no Congresso, os parlamentares votaram para que o requisito de renda per capita para aceitar um novo inscrito ficasse fixado na quantia de R$ 522,50 (meio piso nacional).

Com a aceitação da medida, o número de brasileiros contemplados seria redobrado e aumentaria as despesas para o cofre da União.

Mediante a essa realidade, o governo federal decidiu travar o texto, alegando que os valores não poderiam ser financiados, tendo em vista a criação do coronavoucher. Na sequência, sobre o respaldo do mesmo benefício, negociou-se uma nova proposta para que fosse mantido pelo menos um quarto do mínimo até o fim do ano. Porém, o projeto não foi validado.

Possibilidades de ampliação do BPC

Apesar do governo federal ter voltado atrás na decisão de ampliar o número de beneficiários, de acordo com a renda dos mesmos, a lei do BPC permite que o pagamento possa ser ofertado para mais pessoas. Isso porque, o texto afirma que em caso de calamidade pública, o auxílio deve ser reajustado para até meio salário mínimo.

No entanto, o ministério da economia, ao lado do presidente, seguem resistindo a proposta, permitindo que o pagamento permaneça sendo pago para quem tem renda familiar de R$ 261,25 por pessoa.

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Segundo afirmam os especialistas, em entrevista para o portal UOL, para poder recalcular a liberação de verba o governo deveria levar em consideração os seguintes pontos:

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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