Receita Federal recebe mais um pedido de adiamento do Imposto de Renda. Nessa semana, um grupo de parlamentares deverá se reunir na Câmara dos Deputados para validarem uma medida provisória que determine a prorrogação do envio da declaração do IR 2020. A ação vem sendo pedida há duas semanas e apresenta como justificativa o atual cenário de crise ocasionado pelo coronavírus.
Há uma série de sugestões propostas pelos candidatos. A primeira delas, de autoria do deputado Rubens Bueno (Cidadania –PR), solicita que o IRPF 2020 seja encerrado apenas no dia 31 de julho.
Segundo ele, o prazo é necessário para que o mercado consiga obter os valores necessários do tributo e também para que os contribuintes arrecadem as documentações solicitadas.
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Já o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), reduziu o tempo do envio, mas acredita que a RF deve liberar o calendário até o dia 31 de maio. Ele defende que há uma necessidade de validar a proposta ainda essa semana, para que não haja possíveis transtornos com os atrasos.
“Acho que o projeto pode ser aprovado nesta semana ainda. Ontem, na reunião dos líderes foi tratado do assunto como importante por praticamente todos os presentes”, disse Van Hattem.
Questionamentos sobre o novo prazo para declaração do IR 2020
Além dos parlamentares, há outros pedidos de prorrogação em andamento. Organizações empresariais e até mesmo a sociedade civil seguem afirmando que nesse momento de calamidade é preciso priorizar o bem-estar e segurança da nação.
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No entanto, há quem afirme que a prorrogação poderá prejudicar nas próprias medidas de contenção da crise. Alguns economistas e até mesmo o Ministério da Economia afirmam que os valores dos impostos deverão contribuir nas injeções econômicas que irão minimizar os efeitos da pandemia.
Posicionamento da Receita Federal
Até então, a Receita segue mantendo a data final de entrega da declaração do IR 2020. Inicialmente divulgada, e fixada no dia 30 de abril.
No entanto, a mesma já informou que está avaliando a possibilidade de prorrogar o prazo, mas ainda não estimulou um novo calendário.
Os parlamentares defendem que o motivo desse silêncio e da demora para decidir um novo prazo tem como finalidade arrecadar o máximo de tributos possíveis por meio das entregas das declarações.