Mais uma semana de crise. Nessa segunda-feira (16) a bolsa de valores brasileira (B3) sofreu uma queda de 13,92%, conforme indicou o índice Bovespa. Acionando o quinto circuit de breaker do ano. Inicialmente, as negociações estavam com 71.168 pontos. No entanto, durante a sessão do pregão, o índice chegou a uma estimativa de mais de 14%, podendo ficar em 70.854 pontos. Segundo os economistas, somente esse ano as transações registraram uma queda de quase 38,46%.
Dessa vez, a pausa nas negociações aconteceu por volta das 10h24, quando a queda estava em aproximadamente 12,53. Somente após 30 minutos, quando ficou em torno de 10% foi que voltaram a ser realizadas. Se tivessem chegado a 15% durante o restante do dia, aconteceria uma nova pausa, de aproximadamente uma 1h.
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O principal motivo da desvalorização da Bovespa está associado a atual pandemia do coronavírus. Iniciada desde dezembro de 2019, a doença se espalhou por todos os continentes, gerando uma crise mundial. Mediante a situação, o governo federal vem estruturando uma série de medidas para conter o impacto econômico.
Ações de contenção na economia nacional
Visando controlar a situação, o ministro da economia, Paulo Guedes, vem lançando propostas que têm como objetivo movimentar a economia nacional. Nessa segunda, ele anunciou a antecipação do pagamento das restituições do imposto de renda 2020 e também do 13° salário para aposentados e pensionistas do INSS.
No que diz respeito as taxas de juros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deverão anunciar, nessa quarta-feira (18), quais serão os novos números aplicados. Atualmente, a Selic está fixada em 4,25%.
Quanto ao PIB, mesmo com a estimativa de crescimento de 1,68% para 2020, o índice deverá variar mediante a crise. Segundo Guedes, a liberação dos recursos para os brasileiros tem como finalidade fazer com que os mesmo utilize a verba para movimentar a economia.
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Setores mais afetados com a queda da Bovespa
Entre as empresas mais afetadas com as quedas da B3, estão aquelas associadas ao setor de turismo. Somente nessa segunda, a Smiles teve uma perda de 28,20%, Azul teve baixa de 36,87% e Gol perdeu 28,02%. A CVC, conhecida por vender pacotes de intercâmbios e viagens de lazer, ficou com uma redução de 32,25%.
Nos demais setores, a Petrobras foi uma das mais afetadas, com uma queda de 15%. Trata-se do pior desempenho semanal desde outubro de 2008.