Programa Verde e Amarelo vai obrigar trabalho aos domingos? Entenda!

O deputado Cristiano Áureo (PP-RJ), relator da medida provisória do Programa Verde e Amarelo, manteve o principal ponto de polêmica no texto enviado pelo Governo em novembro de 2019. A medida que falava sobre a permissão para que todos os trabalhadores sejam convocados para trabalhar aos domingos e feriados, permaneceu no texto.

Programa Verde e Amarelo vai obrigar trabalho aos domingos? Entenda!
Programa Verde e Amarelo vai obrigar trabalho aos domingos? Entenda! (Foto: Reprodução/Google)

Segundo o texto enviado pelo Governo, está garantida folga em um domingo a cada quatro finais de semana para comércios e serviços. Já para a indústria, a garantia é de apenas uma folga em um domingo a cada sete finais de semana.

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O relator incluiu nesta categoria os setores agroindustrial, de aquicultura, de pesca e demais nichos da economia. Foram acatadas cerca de 500 emendas de um total de 1.928 protocoladas.

Falando sobre as mudanças, o relator deixou a contribuição previdenciária sobre o seguro-desemprego como opcional. Na proposta do governo era obrigatória.

Segundo o deputado, essa taxação deverá se manter em 7,5%. Porém, no texto apresentado por ele na quarta-feira (19), o porcentual foi de 5%. Áureo disse que esse registro é um erro e que será corrigido no voto complementar

O relator retirou o fim do registro profissional para algumas categorias, como jornalistas, químicos e corretores de seguro e isso deverá ser tratado por um projeto de lei.

Cristiano resolveu incluir pessoas com mais de 55 anos no programa Verde e Amarelo com a condição de que estejam sem vínculo formal há mais de 12 meses.

Inicialmente o contrato era para jovens que ainda não tiveram seu primeiro emprego. O texto do governo englobava apenas pessoas entre 18 e 29 anos.

O relator também aumentou de 20% para 25% o porcentual de empregados que podem ser admitidos por uma empresa dentro da nova modalidade.

O parecer foi lido no dia 19 de fevereiro na comissão mista que trata do tema no Congresso. Um pedido de vista encerrou a sessão e a próxima reunião será feita na terça-feira depois do carnaval.

Cristiano adianta que mesmo apresentando um voto complementar, ele acredita ser possível votar o texto na primeira semana de março na comissão. “Temos convicção de ter maioria no colegiado”, disse.

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A medida perde a validade no dia 20 de abril. Depois de passar pela comissão terá ainda de ser votada pelos plenários da Câmara e Senado.

 

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.