Há semanas não se fala em outra coisa se não a crise no INSS. Iniciada ainda no segundo semestre de 2019, a situação diz respeito ao acúmulo nas filas de solicitação de benefícios. Atualmente, são cerca de mais de 2 milhões de pedidos acumulados, fazendo com que o governo federal desenvolvesse uma espécie de força-tarefa para poder conter o número.
Um dos principais motivos dos atrasos e da atual crise no INSS está relacionado a aprovação da reforma da previdência.
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Homologada em 13 de novembro de 2019, a PEC modificou as regras dos benefícios e estas ainda não foram atualizadas no sistema do INSS.
Desse modo, os servidores não conseguem aprovar os pedidos e os trabalhadores ficam impedidos de solicitar novos auxílios.
Além disso, outro grande motivo para o entrave diz respeito ao não funcionamento da DataPrev. Trata-se de uma empresa pública responsável pela geração dos relatórios que constam todas as informações dos segurados.
Renda, documentações pessoais, benefícios, entre outros dados, devem estar devidamente atualizados na planilha. Entretanto, o relatório que vem sendo realizada desde o ano de 2018 não foi concluída, atrasando ainda mais a análise dos benefícios.
Força-tarefa em combate à crise no INSS
Cientes dos prejuízos financeiros que o atraso está causando, o governo federal anunciou uma ação de força-tarefa para poder tentar conter a situação.
Para isso, 7 mil militares reservistas entrarão nas unidades físicas do INSS para trabalharem nos guichês de atendimentos a população.
Enquanto isso, os servidores do instituto estarão liberados para poder adiantar as análises dos benefícios.
Outra medida diz respeito ao pagamento de horas extras e espécies de gratificações, como forma de incentivo para os funcionários que estenderem o tempo de trabalho.
Tempo de espera e violação judicial
Perante a lei, o INSS tem até 45 dias para aprovar ou reprovar um benefício. Atualmente, o prazo está em 120 dias, sendo mais do que o dobro permitido.
Tal atraso vem acarretando em processos judiciais contra o instituto, que deverá arcar não só com o valor dos auxílios como também com o tempo de atraso em que estes não foram pagos.
As ações contribuem ainda mais para a crise, tendo em vista que ocasionará em um rombo nos cofres orçamentários da previdência.