Muito está se falando do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Desde a autorização do saque-imediato no valor de R$ 500, realizada a partir de setembro, a movimentação nas agências da Caixa seguem intensas. Porém, muitos têm dúvida se é valido ou não retirar o dinheiro da conta. Veja!
A quantia extra pode ser uma ótima ajuda para aqueles que precisam reorganizar as finanças, mas é importante estar atento aos riscos e saber o que fazer com o dinheiro.
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Vale a pena fazer um saque do FGTS?
A decisão é variável e vai de acordo com a realidade de cada trabalhador. No entanto é possível mapear alguns cenários de modo que possa identificar quais os prós e contras de utilizar a quantia.
Aqueles que possuem dívidas, por exemplo, podem destinar o dinheiro para limpar o nome na praça. Já quem deseja investir em algum negócio ou produto que posteriormente se transforme em lucro, é um ótimo momento, porém não se pode esquecer de calcular os riscos de tal investimento.
Em resumo, utilizar a quantia não interfere nos próximos saques do FGTS, uma vez em que o valor liberado pelo presidente Jair Bolsonaro é independente e não acarreta em juros ou demais cobranças.
Por se tratar de uma renda extra, não prevista no orçamento, é interessante utilizada de forma segura, para fins realmente rentáveis, que ajudarão o trabalhador a fugir da crise. Compras de última hora, viagens, entre outros excessos, podem ser responsáveis por futuros transtornos.
Os tipos de saques do FGTS
Antes de sacar o benefício ou não é importante saber em qual modalidade ele se encaixa. Com as mudanças realizadas pelo atual governo federal, entender o processo de retirada do fundo é um ponto de partida crucial.
O FGTS pode ser retirado no seu valor total em situações específicas, conforme exige a Lei. Demissão por justa causa, desemprego por mais de três anos e doenças graves são algumas das situação onde é possível solicitar a quantia. Por fim, quem deseja retirar o valor para construir um imóvel também tem autorização.
Em outras situação, até o início do governo Bolsonaro, só poderia sacar o fundo quem apresentasse uma liberação extraordinária. Porém, devido as novas propostas sugeridas no segundo semestre desse ano, os trabalhadores passarão a contar com a possibilidade de realização dos saques anualmente, além do valor extra de R$ 500 (saque-imediato).
Saques de até R$ 500,00
A medida faz parte da liberação extraordinária autorizada por Bolsonaro. Ela vem sendo retirada desde o mês de setembro, tanto para quem tem conta poupança na Caixa Econômica Federal, quanto para que não tem.
O calendário para a retirada se estende até o mês de dezembro, variando mediante a data de nascimento do trabalhador, mas o prazo final ficou decidido para 31 de março de 2020.
Saques anuais
Estes terão início a partir de 2020 e também fazem parte de uma nova modalidade sugerida por Bolsonaro. Nesse caso, o trabalhador que realizar o saque abre mão do valor caso seja demitido sem justa causa.
Entre os prós e contras, a medida possibilita a retirada de uma versão de aniversário anualmente, tendo seu valor variado de acordo com o montante depositado na conta do FGTS.
O cálculo, nesse caso, passará a ser feito pelo percentual do saldo acrescido de um valor fixo. Quem possui R$ 15.000 aplicados no FGTS, por exemplo, poderá retirar o montante de R$ 3.400,00 (15% do saldo + uma taxa fixa de R$ 1.150,00).