Estudantes que fizeram o ENEM 2020 perceberam que as notas atribuídas para as versões impressa e digital eram diferentes. Candidatos com a mesma quantidade de acertos passaram a questionar as notas. Entenda melhor o que aconteceu!
O resultado do Exame Nacional do Ensino Médio foi divulgado em 29 de março, mas a repercussão das notas continua até hoje e pode até mesmo fazer com que uma investigação seja realizada.
Como é a correção do ENEM?
Antes de entender o que aconteceu é preciso entender como acontece a correção do exame.
O sistema elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) não contabiliza apenas a quantidade de acertos de um candidato, ele avalia além disso.
Na correção das provas objetivas, ficando de fora a redação, o sistema do INEP usa o Método de Resposta ao Item (TRI). Dessa forma, níveis diversos de dificuldade são atribuídos às questões.
A ideia é a seguinte: se você acertou muitas questões difíceis, teoricamente, vai acertar as questões fáceis também. Caso contrário o sistema classifica que o estudante chutou e sua nota tende a cair.
Notas diferentes nas versões do ENEM 2020?
No ENEM aplicado no início desse ano muitos estudantes perceberam uma diferença entre as notas, mesmo de quem fez a mesa quantidade de acertos.
Em matemática, assim como nas demais áreas, os estudantes tinham que responder a 45 questões.
Alguns relatam que, ao comparar suas notas com de colegas, ambos acertaram todas as questões. Mas quem fez aversão impressa ficou com 975 pontos, enquanto que quem fez a versão digital tirou 945 pontos.
Especialistas afirmam que não há como elaborar provas diferentes com exatamente o mesmo nível de dificuldade.
“É quase impossível fazer duas provas que tenham a questão mais difícil no mesmo valor. O Inep busca ter questões em toda a escala, com boa variabilidade, mas é complicado ser numericamente igual. Tecnicamente, não houve nada de errado em 2020”, afirmou Tadeu da Ponte, coordenador do Insper e fundador da empresa de avaliações educacionais Primeira Escolha.
As diversas reclamações fizeram com que os deputados Tabata Amaral e Felipe Rigoni fizessem um requerimento na última segunda-feira pedindo que o Ministério da educação explicasse o que aconteceu no exame do ano passado.
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