O Cartão Missão Infância se trata um benefício no valor de R$ 100,00 ofertado pela prefeitura de Fortaleza. Repassado através da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS).
É importante reforçar a distinção entre os programas Missão Infância e Mais Infância. O segundo consiste em uma política proposta pelo Governo do Estado, pago em três parcelas que aumentaram de R$ 50,00 para R$ 100,00 nos meses de março, abril e maio.
A prefeitura de Fortaleza informou que para ter acesso ao Cartão Missão Infância é preciso que a família possua na composição, crianças de zero a 2 anos e 11 meses de idade. As crianças precisam estar com o cartão de vacinação atualizado.
Além do mais, também é preciso se caracterizar na situação de vulnerabilidade social e apresentar uma renda mínima junto ao Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal, que também é um requisito para adquirir o benefício.
Os cidadãos aptos a receber o benefício através do Cartão Missão Infância, serão comunicados pela prefeitura para serem instruídos sobre qual agência do Banco do Brasil (BB) devem procurar para a retirada do valor. Nesta semana houve relatos de mães que alegaram dificuldades para sacar a quantia devido à aglomerações nas portas das agências.
Neste sentido, a pasta municipal competente, a SPS, emitiu uma nota esclarecendo que o auxílio é repassado diretamente pela prefeitura. Além do que, o Cartão Missão Infância foi criado justamente para evitar o deslocamento até as agências bancárias.
A pasta ainda informou que após entrar em contato com o Banco do Brasil, “não houve registros de aglomeração de pessoas nas agências bancárias em função do saque do benefício”.
Os relatos de aglomerações foram confirmados por donas de casa que afirmam ter passado a noite na porta de uma das agências locais do Banco do Brasil. Uma delas contou que precisou deixar os filhos aos cuidados do marido que está com suspeita de Covid-19.
Ela alegou a necessidade de virar a noite no local, pois, aqueles que chegam somente pela manhã não conseguem uma das 20 fichas distribuídas pela instituição financeira.
“Acho uma humilhação um benefício que é pra gente, a gente ter que fazer esse sacrifício pra poder receber. Se eu tô aqui, é porque eu tô precisando. Não é à toa. Eu não ia perder uma noite de sono com o meu marido doente pra tá aqui”, relata a dona de casa.