Novo relatório do governo apresenta um desenvolvimento nos índices de desemprego do país. Nessa terça-feira (30), o ministério da economia liberou o balanço geral do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com a pasta, o país contabilizou novos 401.639 empregos de carteira assinada durante o mês de fevereiro, mas especialistas contestam tais números.
Nos últimos dias muito se tem celebrado nas redes sociais do ministério da economia. Segundo o último estudo feito pelo Caged, o país bateu um recorde histórico no que diz respeito ao número de empregos contabilizados em um único mês. As 401.639 carteiras assinadas representam o maior índice desde 1992, afirmou o governo.
O valor total divulgado, se somados com os 1.694.604 do mês passado, resulta em 1.292.965 vagas. Segundo os informes da equipe econômica, o maior número acumulado para fevereiro tinha sido de 280.779 vagas formais no ano de 2011.
Contestação de especialistas
Apesar os dados parecem positivos, também foram alvo de críticas dos analistas econômicos. Enquanto o país vive uma das maiores crises sanitárias e econômicas de sua história, a evolução nas contratações do mercado de trabalho parece ser uma informação contraditória.
Muitos alegam que, o calculo feito pelo Ministério da Economia leva em consideração o novo Caged, o que significa dizer que os microempreendedores individuais, estagiários, menor aprendiz, entre outras categorias de serviço estão sendo contabilizadas como emprego formal.
Ou seja, trata-se de uma omissão do cálculo exato e do compartilhamento de informações falsas em nome dos meios de comunicação oficiais do país.
Pronunciamento de Paulo Guedes
Ao ser questionado sobre as alterações na forma de gerar o balanço, o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que não há o que ser contestado. De acordo com ele, o momento deve ser de comemoração pelos resultados do emprego formal.
O gestor aproveitou ainda o momento para reforçar seu comprometimento com a campanha de vacinação, afirmando que a população imune poderá gerar números ainda maiores no mercado de trabalho.
“Temos de vacinar em massa, para que o brasileiro informal, os 40 milhões de brasileiros invisíveis, não fiquem entre essa escolha cruel de sair e ser abatido pelo vírus, ou ficar em casa e ser abatido pela fome”, declarou.
É importante ressaltar que, paralelamente as comemorações da suposta evolução do mercado, o governo trabalha para custear as demissões e reajustes de salários de milhares de trabalhadores vinculados ao BEm.