Agências do INSS podem ser novamente fechadas e perícias médicas suspensas. Diante do crescimento no número de infectados pelo novo coronavírus, os peritos previdenciários passaram a cogitar em novamente paralisar os serviços. A decisão está sendo analisada pela Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP).
Atualmente o Brasil vive aquilo que tem sido considerado como a pior fase de pandemia do novo coronavírus.
O número de infectados vêm crescendo consideravelmente em todos os estados, mesmo com o início da campanha de vacinação.
Diante disso, o INSS corre o risco de suspender o atendimento presencial em suas agências e cancelar a realização de perícias.
Perícias do INSS ameaçadas
Um dos principais serviços realizados pelo INSS nos últimos tempos têm sido as perícias médicas.
Apenas por meio da avaliação dos profissionais de saúde parceiro é que a população consegue ter acesso a benefícios como o auxílio doença, BPC, aposentadoria por invalidez, entre outros.
De acordo com os representantes da ANMP, o grupo está começando a cogitar a possibilidade de paralisar as atividades presenciais.
A ação, defende eles, visa diminuir o risco de contaminação pela COVID-19 para os idosos que são considerados o principal grupo de risco. Trata-se de uma iniciativa objetivando minimizar as possibilidades de uma crise sanitária ainda maior, dessa vez propagada pelo INSS.
“Vamos discutir o que fazer e considerar que, se houver o colapso da saúde, com taxa de ocupação de leitos de UTI acima de 90%, ou onde estejam vigentes medidas de restrição, na nossa opinião deverá, sim, voltar ao atendimento remoto de forma temporária”, explicou Francisco Eduardo Cardoso Alves, presidente da ANMP.
Como ficará a concessão dos benefícios?
Caso a realização das pericias presenciais seja suspensa o INSS deverá cogitar a retomada do serviço online.
Isso implica dizer que, a população deverá ser analisada por um médico de sua preferência que em parceria com o INSS dará o laudo de concessão ou não do abono.
Até o momento o órgão previdenciário não se pronunciou a respeito. A expectativa é que somente após a decisão da ANMP é que sejam liberados novos informes sobre o atendimento presencial nas agências.