- Bolsonaro confirma extensão do auxílio emergencial;
- Nova rodada deve ser iniciada a partir de março;
- Brasileiros poderão contar com até quatro parcelas.
Bolsonaro se pronuncia sobre nova extensão do auxílio emergencial. Nessa semana, o presidente da república cedeu entrevista falando sobre a prorrogação do programa de transferência de renda. Entre os pontos abordados, foram inclusos o valor, número das parcelas e cronograma de pagamento.
Diante da pressão popular e política, o presidente Jair Bolsonaro cedeu a renovação do auxílio emergencial. Após afirmar que não haveria condições de manter o projeto, o gestor voltou atrás apresentando uma nova versão que terá valores diferentes dos concedidos em 2020.
Em entrevista à TV Mirante, Bolsonaro afirmou que a manutenção do programa ‘está quase certa’, mas que ainda estão sendo estudadas as possibilidades de valores. De acordo com os últimos informes concedidos por Paulo Guedes, as mensalidades deveriam ser de aproximadamente R$ 200.
Tempo do novo auxílio emergencial
No que diz respeito ao período total em que o projeto irá vigorar em 2021, o presidente afirmou que há uma possibilidade de concessão de até quatro parcelas. A definição exata só poderá ser feita quando sua equipe econômica apresentar as propostas de custeio das folhas de pagamento.
“Está quase certo, ainda não sabemos o valor […]. Três a quatro meses, está sendo acertado com o Executivo e o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal”, explicou o chefe de estado.
Ele garantiu ainda que o benefício já deverá ser concedido a partir do mês de março, sendo disponibilizado até junho com um novo cronograma elaborado em parceria com a Caixa Econômica Federal.
Bolsonaro afirma que o auxílio não será suficiente para tirar o país da crise
Ao apresentar o projeto, o presidente garantiu que mesmo com sua manutenção será preciso ainda que os demais lideres políticos colaborem com ações de retomada econômica. Ele defende, entre outras coisas, a reabertura do comércio e outros setores para assim garantir uma maior rotatividade no PIB nacional.
“O auxílio emergencial custa caro para o Brasil, é um endividamento enorme para o Brasil. […] Agora, não basta apenas conceder apenas mais um período de auxílio emergencial, o comércio tem que voltar a funcionar. Tem que acabar com essa história de ‘fecha tudo’, devemos cuidar dos idosos que tem mais comorbidades, o resto tem que trabalhar”, disse Bolsonaro.
Economia brasileira em endividamento
Em mesma pauta, Bolsonaro explicou que é preciso ficar atento aos riscos de super endividamento do país. Com a perda de crédito da inflação, a economia deverá entrar em um novo período ainda mais delicado, o que significa dizer que a população pode ser mais afetada.
Em continuidade o gestor reforçou que não enxerga as extensões do auxílio emergencial como solução prioritária, dando a entender que para o segundo semestre de 2021 o programa não pode operar.
“O nome é emergencial, não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país, e ninguém quer o país quebrado“, disse Bolsonaro pouco antes, durante discurso na cerimônia.
Renovação e defesa do Bolsa Família
Concordado com o ministro da economia, Paulo Guedes, Bolsonaro defende ainda que o país se concentre em renovar seu maior projeto social, o Bolsa Família. Para ele, o momento deve ser de entendimento sobre como essa política pública pode ser reorganizada para atender de forma mais eficaz os brasileiros de baixa renda.
É importante ressaltar que entre as propostas de atualização do Bolsa Família, o gestor deseja aumentar o valor do salário básico de R$ 190 para R$ 200 e criar uma série de novos benefícios com a finalidade de incentivar práticas esportivas e mais.
Até o momento, os novos abonos já anunciados pelo projeto foram:
- Auxílio-creche mensal de R$ 52 por criança;
- Prêmio anual de R$ 200 para os alunos com os melhores desempenhos;
- Bolsa mensal de R$ 100, além de prêmio anual de R$ 1.000, para estudantes que se destacaram em ciência e tecnologia;
- Bolsa mensal de R$ 100, além de prêmio anual de R$ 1.000, para alunos que obtiverem os melhores desempenhos em atividades desportivas;
- Auxílio-creche no valor de R$ 200 para as mães inscritas no Bolsa Família.