O golpe antigo, em que era enviado um boleto falso da Claro ganhou uma nova forma. Os usuários da rede social, Twitter, relataram na última semana que receberam e-mail com a estética parecida dos informes da operadora. O e-mail traz uma cobrança atrasada no valor de R$489,90, o boleto vem com o nome completo do remetente.
Apesar disso, nem o boleto e nem a mensagem foram emitidos e enviados pela empresa.
Como é o golpe?
O e-mail falso é enviado por um endereço que não pertence a empresa. A mensagem começa com o nome do destinatário, informação que também se encontra no assunto da mensagem.
Logo em seguida, há um aviso de uma fatura em atraso no valor de R$489,90 e que a segunda via para pagamento está em anexo para mais “comodidade” do cliente.
O PDF que está anexado no e-mail possui um código de barras e o nome da vítima, porém, ao realizar o pagamento o banco informa que o boleto é gerado pelo Mercado Pago.
A operadora não é mencionada ao confirmar a transação, ao invés disso, aparece o nome de pessoas físicas que variam segundo o boleto gerado.
Segundo o analista sênior de segurança da Kaspersky, Fabio Assolini, disse que golpes a partir de faturas falsas de energia e internet são bastante comuns e não são novidades.
Além disso, ele explicou que os fraudadores, usam fintechs devido à rapidez para abrir contas e emitir boletos e ressalta que o Mercado Pago não é o único serviço utilizado para este fim.
Assolini afirma ainda que “Porém, é importante ressaltar que essas instituições também são bastante rápidas em bloquear contas falsas. Por isso, o usuário deve procurar a instituição e fazer a denúncia assim que tiver a suspeita”.
Os nomes encontrados no momento do pagamento das supostas faturas, o especialista afirma que eles são emitidos em nome de laranjas.
Porém, nem sempre as pessoas são coniventes com os golpistas, há casos que as vitimas nem percebem que seus dados foram usados para a abertura de contas online.
A empresa disse em nota que “uma onda de golpes, por meio de boletos falsos, tem afetado vários setores de produtos e serviços no Brasil”, e que “investe constantemente em políticas e procedimentos de segurança” para “identificar fraudes e proteger seus clientes”.