Diminuição nas filas de espera do INSS não apresentam resultado positivo com a participação de militares. Na última semana, uma reportagem especial do UOL relevou que as solicitações previdenciárias foram reduzidas em apenas 2,4% desde a chegada dos reservistas. Ao todo, foram contratados 2.500 aposentados e servidores inativos, porém o órgão permanece com atraso.
As filas de espera para a concessão de benefícios do INSS são uma realidade vivenciadas desde novembro de 2019, com a aprovação da reforma da previdência. Uma das alternativas encontradas pelo governo para otimizar as análises foi a contratação de militares que passaram a atuar dentro do órgão.
Até março de 2020, foram contabilizados 1.292 milhões de requerimentos que precisavam da aprovação do INSS. Em novembro, esse número caiu para 1.251 milhão, mesmo já contando com a atuação dos militares que geraram um novo custo salarial de mais de R$ 3 milhões por mês para o governo.
Militares não atuaram diretamente
Entre as denúncias registradas, foi possível identificar que parte significativa dos militares não estavam atuando nas concessões dos benefícios. Somente aqueles já aposentados passaram a trabalhar nesse sistema.
Os demais, foram realocados para o atendimento nas agencias previdenciárias, mesmo a grande maioria estando de portas fechadas devido a chegada do novo coronavírus.
Foi preciso ainda ofertar treinamentos para que os reservistas entendessem o funcionamento do INSS, o que significou novas despesas destinadas ao órgão.
De modo geral, o instituto passou a ter mais gastos e um retorno administrativo mínimo com a decisão do presidente Jair Bolsonaro sobre a inclusão dos militares.
Filas do INSS deveriam ser zeradas em outubro
Diante reclamações e acusações quanto ao funcionamento do INSS, o presidente do órgão, Leonardo Rolim, teria afirmado que com a colaboração dos militares as filas seriam zeradas em outubro de 2020.
No entanto, atualmente há mais de 1 milhão de pedidos em análise e não há uma nova previsão quanto a regulamentação desse processo. Segundo Rolim, com o fechamento das agencias pela pandemia as revisões deveriam ser priorizadas, porém tal promessa não foi cumprida.
Atualmente o tempo de espera para a concessão dos benefícios já é maior que 140 dias.