A equipe econômica do Governo Federal está estudando liberar o saque do FGTS emergencial. O saque deve ser de R$ 12 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, com o intuito de compensar o fim do auxílio emergencial.
O saque do FGTS emergencial foi liberado o ano passado, com o intuito de amenizar os impactos gerados pela pandemia de Covid-19. Dessa maneira, cada trabalhador pôde sacar até um salário mínimo.
Diante da 2ª onda da Covid-19, o governo pretende liberar este ano mais um saque do FGTS emergencial. Porém, os especialistas alertam que a retirada dos recursos do Fundo pode afetar os projetos em longo prazo.
Essa medida deve ser adotada, diante da pressão da prorrogação do auxílio emergencial, como alternativa para ajudar os trabalhadores. Além disso, a liberação do saque servirá para estimular a economia, sem precisar aumentar os gastos públicos.
Os parlamentares justificam a prorrogação pela 2ª onda da Covid-19 e a alta de desemprego. Diante disso, os deputados e senadores lembram que os brasileiros estão enfrentando 2021 sem nenhuma ajuda financeira.
Como justificativa, a equipe econômica afirma que não há recursos livres no Orçamento para financiar novos pagamentos do auxílio. Dessa maneira, o saque do FGTS seria uma alternativa de aliviar essa cobrança e injetar dinheiro na economia sem endividar o país ou furar o teto de gastos.
FGTS emergencial
No início da pandemia o saque do FGTS foi liberado e contemplou 51,5 milhões de trabalhadores. Esses puderam sacar até um salário mínimo, ou seja, R$ 1.045 das contas do fundo em 2020.
O saque foi permitido para os trabalhadores que tivessem saldo em conta ativa ou inativa. É importante lembrar que a retirada do valor é permitida em algumas situações, como financiamento de imóveis, aposentadoria, entre outros.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, operadora do FGTS e responsável pelo pagamento do saque emergencial, 19,4 milhões de trabalhadores tinham direito ao saque, porém preferiram não aderir.
Dessa maneira, R$ 12,3 bilhões dos R$ 36,5 bilhões liberados voltaram para as contas do Fundo no mês de novembro, com suas devidas atualizações, quando o prazo determinado pela Caixa para o saque acabou.