- Governo anuncia novas medidas para movimentar a economia;
- Salários do INSS e abono deverão ser antecipados;
- FGTS ganha nova modalidade de saque a partir de março.
Governo elabora estratégias para manter a economia nacional minimamente estável. Desde o início do mês estão sendo anunciadas medidas com o objetivo de movimentar o PIB brasileiro. Na última semana, a equipe do presidente Jair Bolsonaro informou uma série de antecipações nos pagamentos de benefícios como o INSS e criou novos auxílios pelo FGTS.
Não bastasse a forte crise sanitária que vem matando milhares de pessoas em todo o país, é preciso ainda lidar com os efeitos econômicos do novo coronavírus.
Com o desemprego e inflação em alta, o governo vem buscando por alternativas para manter a movimentação financeira, liberando valores no INSS e FGTS, por exemplo.
Desde dezembro do ano passado, o ministério da economia vem atuando para elaborar estratégias de contenção da crise.
Há uma série de ações em andamento, como a repetição de uma nova rodada do saque emergencial pelo FGTS, a antecipação do 13º salário do INSS e do abono salarial e mudanças no Bolsa Família.
Projeto social adere ao Caixa Tem
A primeira medida implementada visando impactos para 2021 foi a adaptação do Bolsa Família as contas digitais do Caixa Tem. Desde dezembro do ano passado, parte dos segurados passaram a receber seus salários por meio da plataforma.
Segundo o governo, a decisão tem como finalidade ampliar o número de pessoas vinculadas a instituições bancárias. Dados da Caixa Econômica Federal revelaram que parte significativa da população dependente do Bolsa Família não tinha conta em banco, o que significa uma redução nos índices financeiros.
Com a migração dessas pessoas para o Caixa Tem o governo espera subir os números de rentabilidade da poupança e também de solicitações de empréstimos. Isso porque, mais do que fazer pagamentos, o aplicativo, em breve, passará a conceder linhas de créditos para este grupo, com valores de até R$ 1.000 por pessoa.
Até o momento, a inclusão do Bolsa Família pelo Caixa Tem vem acontecendo da seguinte forma:
- Dezembro — beneficiários com NIS final em 0 e 9
- Janeiro — beneficiários com NIS final em 6, 7 e 8
- Fevereiro — beneficiários com NIS final em 3, 4 e 5
- Março — beneficiários com NIS final em 1, 2 e Grupos Populacionais Tradicionais Específicos (GPTE)
Novo saque emergencial pelo FGTS
Outra informação já anunciada pelo ministro da economia, Paulo Guedes, foi a liberação de novos valores pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A ideia é que os trabalhadores possam fazer saques de R$ 1.100 ao longo dos próximos meses.
O calendário oficial de liberações ainda não foi divulgado, mas deverá ficar disponível até o mês de março. Segundo o ministro, o modelo de retirada será o mesmo ofertado no ano passado, o que significa que todo cidadão com registro e saldo igual ou maior que R$ 1.100 poderá fazer novos saques.
13º salário do INSS será antecipado
Há ainda, como forma de injeção econômica, a antecipação dos 13º salários do INSS. Normalmente o benefício é concedido em duas rodadas, sendo a primeira ofertada até julho e a segunda em dezembro. Neste ano, o esperado é que ambas fiquem disponíveis ainda nesse semestre.
Com a antecipação do 13º pelo INSS o governo espera alavancar o poder de compra e venda dos aposentados e pensionistas, o que significa garantir uma rotatividade no PIB, assim como na liberação do FGTS.
Abono salarial também será antecipado
Outra iniciativa de mudança de calendário foi a antecipação do abono salarial. O benefício tende a ser pago do segundo semestre de um ano para o começo do outro. Porém, segundo a equipe de Bolsonaro, o governo deverá trabalhar para que toda a quitação ocorra o mais breve possível.
Últimas parcelas do auxílio emergencial
Por fim, ainda neste mês de janeiro, serão encerradas as mensalidades do auxílio emergencial. Até o próximo dia 27 a equipe econômica deverá autorizar todos os saques em espécie para os inscritos dos ciclos 5 e 6 que receberam os benefícios ano passado pelo Caixa Tem. Posteriormente, a previsão é de que não haja novas concessões pelo programa.