Cada vez mais nos últimos dois anos, os jovens vem marcando presença na bolsa de valores, de acordo com um levantamento divulgado ontem, 14, pela B3. O número de mulheres que iniciaram no mundo dos investimentos também aumentou.
Segundo o levantamento da B3, a média de idade dos 2 milhões de novos investidores é de 32 anos (45% com idade entre 25 e 34 anos), sendo 60% deles sem filhos e 62% com emprego em tempo integral.
Principais dados obtidos pelo levantamento
- 2% dos investidores têm idade entre 25 e 34 anos
- A participação de mulheres foi de 22,06% (2018) para 25,47% (2020)
- 73% aprendem a investir com as dicas de influenciadores digitais
- Grande parte (95%) investe em renda variável
- Para 64%, o resgate do investimento só seria efetuado por necessidade
- 56% dos novos investidores tem uma renda de até R$ 5 mil por mês
- Primeiro investimento entre pessoas físicas caiu 58%, para R$ 660
- Entre investidores de 16 a 25 anos e o valor do investimento inicial foi de R$ 225
Mulheres mais presentes na Bolsa de Valores
O número de mulheres que passaram a investir na bolsa aumentou nos últimos três anos, porém ainda são a minoria. Em 2018, as mulheres representavam 22,06% do total, contra 25,47% neste ano.
Em comparação com o Tesouro Direto, onde 40% dos investimentos são de mulheres, a participação delas ainda é pouca.
Desta forma, os homens ainda representam 74% do total de investimentos. No mês de outubro, a B3 contabilizou cerca de 3,2 milhões de contas cadastradas.
Internet levando informação para um novo público
A internet se tornou uma grande fonte de informação para os novos investidores com a presença de influenciadores que tratam deste assunto.
Para 73% dos entrevistados no levantamento, a internet é a principal fonte a respeito de investimentos, contra somente 14% dos jornais e revistas.
Ao serem perguntados sobre onde aprenderam a investir, 73% deles afirmaram que foi com influenciadores digitais e/ou em canais do YouTube, e 45% em plataformas da internet. Os Assistentes financeiros representaram 7% das respostas.
Mas, a B3 alerta para o cuidado que se deve ter com a credibilidade e histórico das fontes pesquisadas.
“Muitas vezes, a maneira como eles atuam se aproxima de atividades reguladas, que só podem ser exercidas mediante registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”, disse a bolsa.