Você que é investidor e vive migrando os valores de fundos ou costuma resgatar o dinheiro durante uma desvalorização das cotas, precisa urgentemente mudar esse comportamento. Segundo um estudo da gestora Pandhora, o investidor que promove menos mudanças em fundos da carteira tem rendimento bem maior.
A gestora de fundos, Pandhora Investimentos, simulou uma carteira teórica com 20 grandes fundos a fim de verificar o resultado obtido por aquele investidor que reavalia seu portfólio de três em três meses e o que monitora sua carteira somente uma vez por ano.
O resultado apontou que, quanto menor for o tempo para uma nova mudança de carteira, pior é o resultado de rendimento.
A pesquisa também mostrou que o viés de curto prazo dos investidores pode prejudicar a performance de sua carteira, trazendo retornos menores, mesmo sendo composta por bons produtos.
Segundo Isaías Lopes, diretor de gestão da Pandhora, na maioria dos casos, o investidor se baseia na performance do fundo nos últimos 12 meses quando, na verdade, deveria analisar por uma janela maior de tempo.
O investidor que mexe mais vezes na carteira de fundos, registra uma rentabilidade histórica de apenas 53% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
Já o investidor que analisa períodos mais longo de investimentos e muda a carteira anualmente, vê seu retorno subir para 135% do CDI.
“No mês em que o fundo vai bem o gestor é um gênio. No mês que vai mal, a visão muda. É uma cultura das pessoas relacionada à poupança. Elas não estão acostumadas ao vaivém do mercado”, declarou Isaías.
Na tabela acima, é possível observar que, à medida em que há aumento da janela de retorno, os indicadores das carteiras vão melhorando tanto nos resultados trimestrais quanto nos anuais. Para essa análise foram simuladas 6 carteiras de fundos multimercado que representam diferentes formas de escolher fundos.
A janela de análise estendeu-se de janeiro de 2016 até agosto de 2020, selecionando os fundos vigente no período. Em seguida, foram selecionados os 20 fundos com maior retorno de 3, 12 ou 36 meses, podendo ser mantidos na carteira os ativos escolhidos por um trimestre ou até um ano.