Apagão no Amapá vai gerar gastos pagos por TODOS os brasileiros, diz MP

O estado do Amapá enfrenta um apagão ainda sem causa definida há 17 dias. Nesta semana, o governo federal editou uma Medida Provisória (MP) que permite que a isenção de tarifa de energia para a população afetada seja financiada pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo destinado a políticas públicas do setor elétrico.

Apagão no Amapá vai gerar gastos pagos por TODOS os brasileiros, diz MP
Apagão no Amapá vai gerar gastos pagos por TODOS os brasileiros, diz MP (Imagem: Reprodução / Google)

Isso significa que o valor será pago por todos os brasileiros, com pequenos acréscimos na conta de energia elétrica de cada um. Cálculos feitos por especialistas apontam que o custo estimado será de R$ 69 milhões.

A edição da MP é fruto de um acordo entre o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Na pauta em questão, a expectativa é que os recursos da CDE possam ressarcir a população do Amapá durante este mês de novembro.

Vale ressaltar que o prazo pode ser prorrogado, a depender do tempo que o estado levará para resolver 100% da crise energética.

Outra medida definida no acordo do governo federal foi decretar estado de calamidade pública no estado do Amapá. O decreto permite a antecipação de pagamentos sociais, como seguro desemprego, benefícios previdenciários e abono salarial.

Eleições municipais adiadas no Amapá

A movimentação gira também em torno das medidas tomadas pelo presidente do Senado Davi Alcolumbre, que convidou o presidente Jair Bolsonaro para visitar o Amapá e ver de perto a situação em que o estado se encontra.

Vale lembrar que o irmão de Davi, Josiel Alcolumbre, é um dos candidatos a prefeito de Macapá, a capital do Amapá.

Uma das consequências do apagão, porém, foi o adiamento das eleições, que ganharam novas datas. Agora, devem ser realizadas nos dias 6 (primeiro turno) e 20 (se houver segundo turno) de dezembro, se a situação for resolvida até lá.

No restante do Brasil, as eleições seguem o calendário normal proposto pela justiça federal.

O primeiro turno aconteceu no dia 15 de novembro e o segundo turno está previsto para o dia 29 do mesmo mês. Em todas as etapas o voto é obrigatório.