Governo desistiu do programa Renda Cidadã e pretende ampliar o Bolsa Família no próximo ano, após o fim do auxílio emergencial. O Orçamento do programa social será ampliando e deve incluir mais 1 milhão de famílias.
Estava sendo discutida a ideia de ampliar o auxílio emergencial por mais dois meses ou a criação do Renda Cidadã para substituir a ajuda emergencial que finaliza no fim deste ano.
Porém, de acordo com os integrantes do governo nenhuma dessas propostas foram aceitas e a ideia agora é manter o Bolsa Família e ampliar o pagamento e o número de beneficiários.
Atualmente, o Bolsa Família beneficia mais de 14 milhões de famílias que se encontram em situação de pobreza ou extrema pobreza. O programa foi criado em 2003, durante a gestão do ex-presidente Lula.
Segundo fontes próximas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele não pretende renovar o auxílio emergencial e desistiu de criar o Renda Cidadã em 2021.
A desistência do novo programa social, que deveria substituir o Bolsa, veio em meio a diversas discussões com a equipe economia para a definição dos recursos utilizados para o seu financiamento.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu a extinção de programas sociais, como o abono salarial. E o senador Márcio Bittar, relator da PEC emergencial, sugeriu usar uma parte do Fundeb e os precatórios.
Todas as sugestões foram barradas por Bolsonaro. Porém, mesmo assim, o presidente pretende ampliar o número de beneficiários do programa Bolsa Família.
De acordo com os dados informados pela equipe do governo, há, pelo menos, 3 milhões de famílias que necessitam continuar a receber a assistência financeira no próximo ano.
Lembrando que o auxílio emergencial, pago desde abril, contemplou mais de 67 milhões de pessoas gerando um custo aos cofres públicos de R$ 590 bilhões.
O Ministério da Cidadania informou que antes da pandemia havia 1,6 milhão de famílias aguardando assistência financeira, sendo que 1,2 milhão foram incluídas no Bolsa Família e as outras 400 mil passaram a receber o auxílio emergencial.
O Bolsa Família tem, para 2021, um orçamento previsto de R$ 34,8 bilhões, porém, para ampliar o número de beneficiários seria necessário aumentar a verba destinada ao programa. Esse valor já é maior do que foi destinado em 2020 (R$ 29,5 bilhões).