Nesta quarta-feira (4), o dólar iniciou o dia em queda devido às atenções mundiais voltadas para a indefinição eleitoral nos Estados Unidos depois do presidente Donald Trump declarar vitória e dizer que irá à Suprema Corte mesmo com Joe Biden à frente na apuração.
Às 10h08, o dólar era negociado a R$5,6930, uma diminuição de 1,18%.
Na terça-feira (3), o dólar encerrou o dia a R$5,7612, um aumento de 0,41%. Com o resultado, a moeda passou a acumular alta de 43,68% no ano.
Incertezas diante das eleições norte-americana
Os investidores corriam nesta quarta-feira (4) a fim de ajustar suas carteiras para um resultado mais apertado e demorado da eleição presidencial nos Estados Unidos do que muitos haviam previsto, depois das projeções pré-eleitorais de uma vitória clara do Partido Democrata tanto na disputa presidencial quanto do Senado dos EUA estarem distantes.
Devido a tantas incertezas sobre o resultado eleitoral, a instituição bancária ING disse que “uma das poucas coisas que até agora estão claras é que não teremos uma vitória esmagadora dos democratas, como sugeriam as pesquisas, e isso desestabilizou o mercado, que se posicionou para um resultado claro”.
O presidente Donald Trump afirmou em um pronunciamento na madrugada desta quarta-feira (4), que, por direito, ganhou a eleição e irá recorrer à Suprema Corte para parar a contagem de votos e impedir uma “fraude”.
Esta afirmação foi feita mesmo ele estando atrás de Joe Biden nas projeções de delegados no colégio eleitoral.
Por aqui, permaneceram as preocupações em torno da trajetória da dívida pública e capacidade do governo de encaminhar um plano crível de recuperação das contas públicas.
Inflação
De acordo com uma pesquisa divulgada na véspera pelo Focus do Banco Central (BC), o mercado financeiro está projetando inflação maior que 3% este ano depois de 7 meses.
A expectativa para o ano aumentou de 2,99% para 3,02%. Já a projeção de retração da economia em 2020 permaneceu em 4,81%.
A taxa de juros em mínimas históricas também tem contribuído para conseguir um câmbio mais elevado, uma vez que torna o país menos atrativo para investidores internacionais, por causa do diferencial de juros em relação com outras economias, o que causa a redução do fluxo de dólares para aplicações financeiras no Brasil.