O auxílio emergencial cedido pelo governo federal para famílias de baixa renda durante a pandemia do novo coronavírus tem duas datas importantes: quando o valor é depositado e quando o mesmo fica liberado para saque e transferências. As datas são fixas e já divulgadas pelo Ministério da Cidadania. Isso significa que, se o valor não for depositado no dia correspondente, o beneficiário está fora das parcelas extras.
Já a segunda data, de liberação para saque e transferências, é mais volátil. Quem inseriu uma conta corrente no cadastro, por exemplo, vai ter o dinheiro transferido automaticamente neste dia, mesmo que não tenha movimentado o valor no Caixa Tem, e estará seguro.
Para os usuários que usam apenas o aplicativo Caixa Tem, a recomendação é que o valor seja utilizado em até 90 dias. Caso contrário, após esse prazo, ele volta para o governo.
A decisão de estabelecer um prazo foi tomada no mês de maio deste ano, logo no início do auxílio emergencial, quando as parcelas ainda eram de R$ 600 (sendo R$ 1,2 mil para mulheres chefes de família).
Em uma entrevista, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, explicou a decisão. ”
Se não utilizar em 90 dias, o valor será devolvido. […] Em até 90 dias, ou a pessoa utiliza ou transfere para outra conta, nesse intervalo fica na conta à disposição do usuário”, disse.
Para as parcelas extras de R$ 300 (sendo R$ 600 para mulheres chefes de família), a regra é a mesma. É preciso se atentar aos 90 dias (ou três meses) de disponibilidade do valor.
Auxílio com data para acabar
Vale lembrar que o auxílio emergencial está próximo do fim. Até o dia 31 de dezembro deste ano, todos os beneficiários, independente de serem ligados ao programa Bolsa Família, terão recebido a última parcela extra do benefício.
Segundo as últimas declarações do atual presidente Jair Bolsonaro, não há previsão de uma nova prorrogação do auxílio para o próximo ano. O mesmo reconhece que o valor é pouco para as famílias, mas, segundo o presidente, “é muito para o Brasil”.