Renda Cidadã: Rodrigo Maia sugere CORTAR auxílios existentes para bancar programa

Diversas são as formas que o governo Bolsonaro busca para “bancar” o programa social Renda Cidadã, que deve dar lugar ao Bolsa Família, criado no governo Lula. A forma de financiamento é uma das estratégias de maior impasse para a equipe bolsonarista que, agora, conta com mais uma ideia vinda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia: cortar os auxílios existentes.

Renda Cidadã: Rodrigo Maia sugere CORTAR auxílios existentes para bancar programa
Renda Cidadã: Rodrigo Maia sugere CORTAR auxílios existentes para bancar programa (Imagem: Montagem / FDR)

A suspensão aconteceria por tempo determinado. Haveria ainda a revisão de despesas no Orçamento da União, inclusive das Forças Armadas, para que, enfim, o Renda Cidadã pudesse sair do papel.

Através de uma transmissão na internet, em que esse assunto foi abordado, Maia falou ainda sobre a existência de R$ 200 milhões em despesas das Forças Armadas que poderiam ser cortadas, sem especificar a que gastos se referia.

“Vamos ter de fazer alguns sacrifícios. Todos os brasileiros terão de fazer algum sacrifício. A Câmara foi o poder que menos aumentou as despesas. Alguns auxílios podem ser suspensos por um tempo, as Forças Armadas têm despesas de R$ 200 milhões (que poderiam ser alteradas), não sei se ajudaria muito… Há 17, 18 itens no Orçamento que podem ser mexidos para encontrarmos os R$ 30 bilhões necessários para a construção de um novo programa”, disse Maia na transmissão.

O presidente da Câmara contou ainda, mesmo que sem dar nomes, sobre o dia em que foi procurado por um ministro do governo Bolsonaro com uma proposta para resolver o impasse do financiamento.

“Outro dia teve um ministro importante que me procurou, falou que vão tirar dos ricos para dar aos pobres. Eu disse a ele que os ricos não estão no Orçamento”, enfatizou.

E quando sai do papel?

A previsão é que o programa Renda Cidadã seja “inaugurado” apenas no próximo ano, visto que as atenções estão voltadas para as eleições municipais e candidaturas de prefeitos e vereadores.

Até lá, deve ser escolhida e divulgada a forma de financiamento para o programa, que tem a intenção, segundo o atual presidente, de agregar mais famílias – que estão fora do Bolsa – e aumentar o valor médio do benefício.