Nesta quarta-feira (14), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e o secretário da Educação, Rossieli Soares, anunciaram que o estado vai começar a fornecer chips com pacote de internet para os professores e alunos da rede estadual. O objetivo é melhorar as aulas remotas.
Essa distribuição deve começar a ser feita no mês de novembro, cerca de oito meses após as escolas estarem fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus.
A expectativa é que 500 mil estudantes sejam beneficiados, todos devem estar inscritos no CadÚnico (Cadastro Único) do governo federal. Além deles, 250 mil professores serão inclusos. A rede estadual tem cerca de 3,5 milhões de alunos.
Os chips vão ser entregues para os alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental e para os estudantes do Ensino Médio, que se encontram em situação de pobreza e extrema pobreza.
Os alunos vão ter 3 gigas de internet e os professores e servidores vão receber chips de 5 gigas.
O investimento do governo para que esses chips sejam distribuídos será de 75 milhões de reais.
O secretário de Educação Rossieli Soares afirmou que atualmente os alunos têm equipamentos, mas não possuem o acesso à internet.
Em julho, o Centro Paula Souza, que administra as Etecs, escolas técnicas e Fatecs, faculdades de tecnologia do estado, já realizou a distribuição de chips com pacotes de 20 GB mensais para 22 mil alunos.
Retomada
As escolas públicas e particulares tiveram o aval para reabrir em setembro com o oferecimento de atividades extracurriculares.
Já no mês de outubro, os colégios passaram a ter a autorização do estado para a realização de atividades letivas presenciais.
Apesar disso, a reabertura deve seguir uma série de protocolos como o uso obrigatório de máscaras, limite de ocupação das escolas e manutenção do distanciamento nas salas de aula.
Testagem
Além disso, o governador afirmou que cerca de 10 mil alunos e 9.300 servidores das escolas estaduais vão ser testados para o novo coronavírus.
A ideia é identificar a transmissão do novo coronavírus na rede. De acordo com o governador, é um “inquérito amostral”.
O secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que “É uma medida de segurança não só para os alunos e servidores da educação, mas também para os pais, pois queremos identificar eventuais casos de coronavírus e possibilitar o isolamento e tratamento”.