Neste domingo (19), o presidente do INSS, Leonardo Rolim, alegou que os peritos estão mentindo sobre as condições de trabalho presencial nas agências do órgão.
O presidente afirmou ainda que os peritos estão enquadrados nas atividades essenciais e que os profissionais que não retornarem ao trabalho poderão estar sujeitos a medidas administrativas e descontos em seus salários.
Rolim deu a declaração na entrevista à GloboNews e reforçou o impasse entre o governo e a Associação Nacional dos Peritos (ANMP), que está contra à retomada das atividades sob a alegação de falta de condições sanitárias apropriadas contra o novo coronavírus, o que o governo federal segue negando.
O presidente do INSS, ressaltou ainda que a maior parte dos peritos não tem esse pensamento.
Segundo ele, a resistência ao retorno parte de um grupo específico, que está vinculado a uma entidade de classe que está por trás com interesse político.
“O que está acontecendo é algo de um grupo vinculado a uma associação, a uma entidade de classe”, observou.
Desde o início da pandemia, as agências estão sem atendimento presencial, a reabertura está sendo esperada por cerca de 1 milhão de brasileiros que estão a espera de uma perícia para poder receber o seu benefício.
Após o envio da notificação para que retornem não tenha efeito em algumas unidades, na última sexta-feira (18), o governo publicou um edital de convocação para que os servidores voltem de forma imediata a cerca de 150 unidades.
De acordo com o que o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, já havia falado, Rolim destacou que os profissionais que não forem trabalhar sofrerão descontos na folha.
“Além de descontar o salário de quem não for trabalhar, a Secretaria de Previdência também deve tomar as medidas administrativas porque não é só a falta, mas descumpre a lei a ausência do trabalho.”
Rolim disse ainda que não é de responsabilidade da associação fazer as inspeções secundárias as agências.
De acordo com ele, o sindicato pode apenas realizar visitas e apontar as irregularidades que encontrar.
Ele indicou que novas inspeções devem ocorrer e que o governo federal analisa realizá-las em parceria com o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho.