Número de novas empresas aumenta ao passo que fechamentos caem nos últimos meses

A quantidade de novas empresas abertas no Brasil aumentou e surpreendeu enquanto o número de fechamento entre janeiro e agosto diminuiu em comparação ao mesmo período do ano passado. Saiba mais.

Número de novas empresas aumenta ao passo que fechamentos caem nos últimos meses
Número de novas empresas aumenta ao passo que fechamentos caem nos últimos meses (Foto: Google)

Na quinta-feira (17), foram divulgados no Mapa das Empresas e de acordo com o Ministério da Economia que em oito meses abriram 2,152 milhões de empresas, aumento de 0,5% comparado ao mesmo período do ano passado. Já o número de empresas que foram fechadas chegou a 682.750, com diminuição de 14,5%, nesse mesmo período de comparação. 

Gleisson Rubin, atual secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, diz que por mais que houve um aumento no número de empresas sendo abertas e um recuo no fechamento, esses resultados se devem a pandemia do novo coronavírus.

Os números dos meses de abril e maio foram os mais afetados pelos impactos que a pandemia causou. “Foram dois meses de resultados bastante impactados pela pandemia. O volume de abertura esteve muito abaixo da média história. Se considerássemos o desempenho normal em abril e maio, seguramente o crescimento seria bem maior do que 0,5%”, aponta.

Gleisson Rubin ainda analisou que a isenção das atividades se distingue do fechamento formal. “A nossa legislação ainda hoje faz com que as dívidas da pessoa jurídica sejam sucedidas pelo CPF do titular. Isso pode fazer com que o empresário retarde o fechamento formal de uma empresa, com a possibilidade de voltar a funcionar mais a frente ou tenha um fechamento formalizado”, disse.

Empresário individual 

Foi registrada a abertura de 944.469 empresários individuais, representando uma elevação de 2,9% em comparação ao primeiro quadrimestre do ano e aumento de 1,4% em comparação ao segundo quadrimestre de 2019. São 13.783.503 empresários individuais ativos ao todo, incluídos os microempreendedores individuais (MEI).

Segundo o boletim, vários empreendedores têm optado por se constituírem como empresários individuais, principalmente como MEI, que representam em torno de 55% dos negócios ativos do Brasil e 79,8% das empresas abertas no segundo quadrimestre.

Para o ministério, isso “reforça a importância dos pequenos negócios para o país, além de serem um dos pilares da retomada da economia brasileira no pós-covid”.