Nesta quarta-feira (16), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) tomou a decisão de não alterar a taxa básica de juros (Selic) após uma reunião. A taxa se manteve em 2% ao ano, se tornando a mínima histórica.
Já na segunda-feira (14) o Boletim Focus estimou que a Selic iria terminar 2020 em torno dos 2%. A Selic do fim de 2021 está prevista para ser de 2,50% ao ano,substituindo a previsão anterior que seria de 2,88%. A estimativa para 2022 permanece em 4,50% ao ano.
Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central disse no início do mês de setembro em um evento feito pela “Bloomberg”, que o BC não estimava um possível corte na taxa Selic. De acordo com a sua declaração, existe “pouco ou nenhum espaço” para cortes novos.
Por conta da inflação ter aumentado muito após a pandemia do novo coronavírus, analistas se demonstraram surpresos com essa decisão do BC considerada conservadora pelos mesmos. Os preços dos alimentos obtiveram um aumento de 8,83% em relação ao mesmo período de 2019.
Porém o BC já teria dito que um corte novo na Selic resultaria em uma possível instabilidade nos preços de outro ativos, e também poderia ocasionar um aumento no preço do dólar.
A autoridade monetária também ressaltou na sua decisão que não pretende elevar a Selic “a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico estejam suficientemente próximas da meta”. O BC divulgou ainda que existe um pequeno espaço para um novo corte de juros.
O que é taxa Selic
A taxa Selic são os juros básicos da economia brasileira. Seus movimentos tem o poder de influenciar todas as taxas de juros que são praticadas no Brasil, como por exemplo as que um banco cobra ao possibilitar um empréstimo para seus clientes, sejam as que um investidor ganha ao fazer uma aplicação financeira.
A Selic tem esse nome por causa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, um sistema administrado pelo BC em que eles negociam títulos públicos federais.