Na última terça-feira (15), o Inep divulgou mais detalhes sobre a nova modalidade do Exame Nacional do Ensino Médio, o chamado Enem Seriado. O método vai ser mais uma forma do estudante ingressar no ensino superior.
O “novo Enem” será uma possibilidade após a reformulação do Saeb, que é o Sistema de Avaliação da Educação Básica. A prova de avaliação, atualmente, é aplicada a cada dois anos, no 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental, e no 3º ano do ensino médio.
O resultado da prova é calculado em conjunto, ou seja, os estudantes não recebem boletins individuais.
Com a nova versão, a prova avaliativa será anual. Os alunos de todos os níveis escolares vão participar do exame.
Quando chegar ao último ano do ensino médio, cada aluno terá as notas calculadas com base nos desempenhos do Saeb dos últimos três anos.
Com o total das notas, será estabelecida uma pontuação final que poderá ser usada no processo seletivo de universidades do país inteiro.
Ou seja: o desempenho do jovem que estiver no 1º ano do ensino médio em 2021 será somado ao de 2022 e 2023, para que ele concorra a uma vaga de ensino superior em 2024.
“Além do Enem [tradicional], teremos o Enem seriado. O aluno vai poder fazer a prova do Saeb [Sistema de Avaliação da Educação Básica] na escola e concorrer a vagas de ensino superior no Brasil inteiro”, afirmou Alexandre Lopes, presidente do Inep, durante coletiva de imprensa.
Enem seriado nos programas de acesso à educação
De acordo com o Inep, o Enem seriado vai poder ser usado nos programas de acesso ao ensino superior como o Programa Universidade para Todos (Prouni), que distribui bolsas de estudo parciais e integrais em universidades particulares.
E também no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que financia mensalidades de instituições privadas.
As notas poderão usar usadas ainda para participar do Sistema de Seleção Unificada, o Sisu, e concorrer a vagas em universidades públicas do país. Contudo, para que isso ocorra, universidades estaduais e federais precisam aderir ao “Enem seriado”.