Paulo Guedes, Ministro da Economia, está procurando recursos em todos os campos para conseguir bancar o Renda Brasil. Segundo Guedes, será necessário tirar dinheiro do “andar de cima”, se referindo aos brasileiros com maior poder aquisitivo.
O ministro da economia está sendo pressionado para chegar a um valor para o Renda Brasil que agrade ao presidente e a equipe do governo. Por esse motivo, Guedes vem apresentando várias propostas de cortes, como cancelamento de programas.
Além disso, vários outros setores estão na mira do ministro, inclusive os altos salários de servidores. De acordo com o ministro, a área economia está estudando retirar recursos destinados aos cargos mais altos para oferecer a camada mais pobre.
A declaração aconteceu na audiência pública que aconteceu na última terça-feira (1), porém, a proposta de orçamento enviada ao Congresso para 2021 não apresentou nenhum recurso reservado ao Renda Brasil.
Renda Brasil
O novo programa da gestão do atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), irá substituir o programa Bolsa Família criado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o intuito de unir os programas: Bolsa Família, abono salarial, seguro-defeso e salário família.
A ideia do presidente é dividir o Renda Brasil em quatro subprogramas. São eles:
- Primeira Infância: benefício para as mães de bebês a partir de seis meses ou de crianças com até três anos, para que possam matricular os seus filhos em creches particulares;
- Renda Cidadã: irá substituir o Bolsa Família e será acrescentado o abono salarial, seguro-defeso e o salário-família;
- Incentivo ao Mérito: os melhores alunos e atletas recebem premiações em dinheiro pelos bons resultados;
- Emancipação Cidadã: serão ofertados cursos de capacitação para que os beneficiários aprendam um ofício e recebam um reforço de português e matemática.
Na última semana o presidente afirmou que as discussões sobre o novo programa estavam suspensas, pois, segundo ele, não concordava em tirar os direitos dos pobres para oferecer aos mais pobres.
A proposta criticada por Bolsonaro previa o corte dos programas Abono Salarial, Seguro Defeso e Salário Família para criar o Renda Brasil. Dessa maneira, seria possível pagar aos beneficiários um valor entre R$ 200 a R$ 280 por mês.