Renda Brasil: Guedes faz sugestão ousada para bancar novo programa social

Folha orçamentária do Renda Brasil segue gerando questionamentos entre representantes do governo federal. Nessa terça-feira (01), o ministro da economia, Paulo Guedes, sugeriu a criação de um ‘imposto negativo’ para poder custear as mensalidades do novo projeto social. O repasse fiscal aconteceria por meio da transferência de parte dos lucros das empresas estatais. 

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Renda Brasil: Guedes faz sugestão ousada para bancar novo programa social (Imagem: Google)

Segundo o ministro, por meio dos dividendos sociais, seria possível resolver a falta de verba pública e também a destinação dos ativos dessas multinacionais. 

Desde que anunciou o Renda Brasil, a equipe econômica vem procurando formas de custeá-lo. Como o projeto deverá ampliar a quantidade de beneficiários em comparação com o atual Bolsa Família, passará a ter um custo dobrado para o governo.

Dessa forma, Guedes vem sugerindo uma série de propostas para garantir que os cofres públicos não fiquem sobrecarregados.  

Criação do Fundo Brasil  

Em um de seus pronunciamentos, o gestor afirmou que os recursos arrecadados por meio das estatais seriam destinados para o novo Fundo Brasil.

Trata-se de uma nova conta pública para onde serão enviados parte dos lucros que as companhias hoje enviam para a União. Essa quantia deverá ser utilizada para custear os projetos sociais direcionados aos brasileiros mais pobres.  

— Se o Governo quiser manter a Petrobras, a Caixa Econômica Federal etc., tudo bem, mantenha. Agora, nós podemos dar um Imposto de Renda negativo. Quer dizer, com a mão esquerda eu estou dando recurso, com a mão direita eu estou recolhendo aquilo de volta, subscrevendo cotas do Fundo Brasil. Ao invés de a União receber R$ 25 bilhões no fim do ano, de dividendos, vai receber R$24 bilhões. E R$1 bilhão vai para os brasileiros mais frágeis — disse o ministro, durante audiência pública no Congresso.  

A partir do levante desses recursos é que seria criado o IR negativo, explicou Guedes. Basicamente, o cidadão pobre estaria recebendo um valor do governo em vez de pagar tributos a União. Esse valor vai variar de acordo com a alíquota, onde o gestor sugeriu ser de 20%. 

— Em vez de eu o deixar só num programa de assistência social, em que eu ia dar R$200 para ele, de repente, eu estou dando R$100, gastando a metade do que eu ia gastar, e ele está estimulado, subindo uma rampa de ascensão social. 

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.