A UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), comunicou ontem (12) que prevê um corte de R$11 milhões no orçamento para o próximo ano, segundo o anúncio da possível diminuição de 18,32% na Ploa (Proposta de Lei Orçamentária).
O informativo a respeito do corte foi disponibilizado no SIOP (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento) pelo Ministério da Educação (MEC).
Segundo informações da assessoria de imprensa da reitoria da universidade, esta redução orçamentária recai sobre os gastos não obrigatórios que englobam o funcionamento, manutenção, assistência estudantil e investimento, e ainda inclui o teto de arrecadação de recursos próprios.
Ao ser perguntada sobre como o corte pode afetar o funcionamento da universidade, a assessoria disse, em nota, que isto será um desafio e que a UFSCar vai buscar alternativas e se for necessário, irá priorizar as ações mais importantes, porém não forneceu detalhes mais profundos.
O comunicado também diz que, assim como em anos passados, existe um “grande esforço para reverter a situação”.
“A situação pode mudar, pois existem muitas articulações e negociações envolvendo o MEC, Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (Andifes) e o Congresso Nacional”, explicou.
A UFSCar comemorou seus 50 anos em 2020 e oferta 65 cursos de gradação nos campi São Carlos, Araras, Lagoa do Sino, em Buri, e Sorocaba e se permanece como uma das mais importantes exportadoras de pesquisa e inovação do Brasil e do mundo.
Cortes previstos
Na última segunda, 10, o MEC comunicou que estuda um corte de R$4,2 bilhões no orçamento das despesas não obrigatórias para 2021, o que equivale a uma redução de 18,2% ao ser comparado com o orçamento aprovado para este ano.
Desde total cortado, R$ 1 bilhão sairá das universidades e R$ 434,3 milhões, dos institutos federais. Juntas estas instituições possuem um total de 1,2 milhão de estudantes.
O MEC ainda não entrou em detalhes a respeito de outras áreas e programas que serão afetados pelos outros R$2,75 bilhões restantes do total de R$ 4,2 bilhões que deixariam o orçamento.
Com a volta das aulas presenciais em meio a pandemia do coronavírus, a situação pode se agravar ainda mais: os reitores estimam gastos mais elevados com a compra de equipamentos de proteção, reforços nas equipes de limpeza e adaptações nas salas de aula e nos sistemas de ventilação.