Com mais de 12 mil mortes pelo novo coronavírus, moradores do Rio de Janeiro são multados pela falta de máscaras. Mesmo sendo uma das regiões mais afetadas pela pandemia, os cariocas parecem não estar preocupados com a infecção da doença. De acordo com o último balanço feito pela prefeitura, a Guarda Municipal contabilizou mais de 1.820 multas por falta dos equipamentos de segurança. O valor aplicado por cidadão é de R$ 107.
Em entrevista, representantes da guarda municipal informaram que a maioria das multas estão sendo aplicadas nas areias das praias das zonas Sul e Oeste da cidade. Somente no último fim de semana, mais de 80 pessoas foram penalizadas pela falta de máscaras.
Ao todo, 18 casos resultaram em idas a delegacia, mediante comportamento de desacato, desobediência ou resistência. Muitos estão se recusando a fornecer o número de documento para identificação.
Ausência de máscaras vira motivo de agressão
Nesse sábado (18), houve um caso em específico onde o cidadão precisou ser contido com a ajuda de uma máquina de eletrochoque.
Ao ser parado pelos guardas, na Praia de Copacabana, o carioca se negou a colocar a máscara e a apresentar seus documentos. Na sequência, passou a gritar com os fiscais e apresentar comportamentos agressivos.
“Para nós é um número alto, porque não gostaríamos de aplicar nenhuma notificação. Gostaríamos que as pessoas entendessem o momento delicado que estamos passando”, explicou Ricardo Soares comandante da Guarda Municipal do Rio.
De acordo com ele, a resistência dos cidadãos não costuma ser comum, mas ainda assim há um número considerável tendo em vista a situação da pandemia na região. Ricardo explicou que, os casos de agressão contra os fiscais são inadmissíveis, tendo em vista ser um assunto tão debatido nos últimos meses.
“É inadmissível que as pessoas, com tanta informação, se tornem alguém que não cumpre as leis em um momento tão delicado como o que estamos passando. O guarda está ali para orientar”, destacou o comandante.
Por fim, explicou ainda que os guardas não são orientados a aplicar instrumentos de contenção. Ao identificar um cidadão sem máscaras, solicitam a utilização da mesma e explicam os processos de segurança contra a doença. Ao todo, há mais de 65 carros de som circulando pela cidade, com informes sobre atos de higienização.