O PIS/Pasep sofrerá mudanças importantes a partir de 2026, e isso exige atenção redobrada de milhões de trabalhadores. Embora o benefício continue garantindo um pagamento anual proporcional ao tempo trabalhado, novas regras entram em vigor, sobretudo no limite de remuneração.
Além disso, o cálculo seguirá parâmetros atualizados, o que interfere diretamente no valor final do abono.
O que muda no PIS/Pasep em 2026?
A principal mudança para 2026 está no critério de renda. Até 2025, o trabalhador precisava ter recebido média salarial de até dois salários mínimos no ano-base para ter direito ao abono.
A partir de 2026, esse limite deixará de ser fixo e passará a ser corrigido pela inflação, seguindo o INPC.
Essa alteração faz parte da política de reestruturação do abono salarial, que pretende direcionar o benefício para trabalhadores com renda mais baixa.
Além disso, há previsão de que, nos próximos anos, o critério seja ajustado gradualmente até alcançar 1,5 salário mínimo. Na prática, isso reduzirá o número de beneficiários.
O valor do abono também segue a mudança prevista para o salário mínimo de 2026. Estimativas indicam que o mínimo deve chegar a R$ 1.631, o que definirá o teto de pagamento para quem trabalhou os 12 meses do ano-base 2024.
Quem tem direito ao PIS/Pasep em 2026?
Apesar das mudanças no critério de renda, os demais requisitos tradicionais continuam valendo. Assim, para receber o abono em 2026, o trabalhador deve:
- Estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos 5 anos.
- Ter trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2024.
- Receber remuneração média dentro do novo limite corrigido pela inflação.
- Ter os dados informados corretamente pelo empregador no eSocial.
Outro ponto importante é o ano-base. Em 2026, os pagamentos serão referentes ao ano de 2024, seguindo o calendário habitual definido pelo Conselho do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT).
Quanto o trabalhador vai receber?
O valor do PIS/Pasep continua sendo proporcional ao número de meses trabalhados. Dessa forma, quem trabalhou os 12 meses do ano-base receberá o valor cheio, estimado em torno de R$ 1.631. Já quem trabalhou apenas um mês receberá algo próximo a R$ 136, acompanhando a projeção do salário mínimo.

Além disso, como o critério de renda passa pelo reajuste do INPC, trabalhadores que antes se enquadravam no limite podem perder o benefício caso a média salarial ultrapasse o valor corrigido.
Calendário de pagamento será divulgado em breve
O governo ainda não publicou o calendário oficial de pagamento do PIS/Pasep 2026. A divulgação costuma ocorrer em dezembro, com datas escalonadas conforme o mês de nascimento (PIS) ou final de inscrição (Pasep).
Por isso, será essencial acompanhar os canais oficiais da Caixa, do Banco do Brasil e do governo federal.
As mudanças no PIS/Pasep 2026 tornam o benefício mais restritivo e exigem atenção dos trabalhadores.
O novo critério de renda, somado às projeções de salário mínimo, pode alterar quem terá direito ao abono no próximo ciclo. Por isso, acompanhar as regras e conferir os dados no eSocial será fundamental para garantir o pagamento.

