Fabricante da Coca-cola é obrigada a suspender produção no Brasil; quais os riscos de consumo?

SALESóPOLIS, SP — De acordo com o governo, após uma ordem federal foi suspensa a produção de refrigerantes de uma unidade da Solar, segunda maior fabricante dos produtos da Coca-Cola no Brasil. A situação preocupou os consumidores. 

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Fabricante da Coca-cola é obrigada a suspender produção no Brasil; quais os riscos de consumo? (Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou na última quarta-feira (4) que a unidade da Solar em Maracanaú (CE) paralisou a sua produção. Esta é a segunda maior fabricante do refrigerante Coca-cola no país, segundo a própria empresa. 

A ordem de suspensão veio do governo federal após a descoberta de que as bebidas continham um ingrediente que não é indicado para o consumo humano.

Cerca de 9 milhões de litros de refrigerante foram encaminhados para análise laboratorial. O processo de verificação começou na manhã de quarta-feira (4) e a expectativa era de terminar toda a avaliação no mesmo dia. 

O que foi encontrado nos refrigerantes produzidos na Solar?

O ministro da Agricultura explicou que foram identificados componentes do refrigerante, como a cafeína, no líquido de resfriamento, que é composto por etanol (álcool) alimentício.

A partir disso, o ministério quis saber se o inverso ocorreu, isto é, se há etanol (álcool) alimentício dentro do refrigerante. Para fins de segurança e para conseguir avaliar os 9 milhões de litros foi decido paralisar a fabricação.

Quais os riscos do etanol na Coca-Cola?

Carlos Fávaro tranquilizou os consumidores de Coca-cola. De acordo com o ministro da Agricultura, caso seja percebido que o etanol do resfriamento acabou sendo incluso na composição do refrigerante não há riscos para a saúde de quem consumir. 

A paralisação foi obrigatória por uma questão comercial, já que refrigerantes não podem ter álcool. 

“Esta empresa usa o etanol alimentício e água no processo de resfriamento. Se tiver a presença de etanol alimentício [no refrigerante] não pode comercializar. Mas, se por acaso alguém consumir, não vai morrer”, disse o ministro, de acordo com o g1.

 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com