ARAGUARI, MG — A conta de luz dos brasileiros ficará mais cara em maio com a volta da bandeira amarela, conforme informou a Aneel na última semana. A medida afeta diretamente o bolso do consumidor em pleno início do período seco. Com a nova tarifação, o acréscimo será de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, refletindo o aumento no custo da geração de energia.

A Aneel justificou a mudança apontando a redução das chuvas típicas da transição entre as estações, o que pressiona o sistema elétrico e exige maior cautela no uso da energia. A conta de luz dos brasileiros é impactada por um sistema de bandeiras criado para indicar o custo da produção de energia no país. Essa sinalização varia conforme as condições climáticas e o nível dos reservatórios.
Quando as chuvas diminuem e as hidrelétricas não conseguem suprir a demanda, a conta de luz sofre acréscimos. Isso ocorre porque é necessário ativar termelétricas, que possuem custo elevado. Para compensar esse gasto, a Aneel aplica bandeiras tarifárias: amarela, vermelha patamar 1 ou 2, cada uma com valor adicional conforme a gravidade da situação energética.
A volta da bandeira amarela em maio traz um acréscimo à conta de luz dos consumidores, após meses de alívio. Desde dezembro, as faturas vinham sem taxa extra graças à bandeira verde. Durante esse período, a tarifa permaneceu estável porque as chuvas reforçaram os reservatórios das hidrelétricas.
Com isso, não foi necessário acionar fontes mais caras de energia. Agora, com a chegada do tempo seco, o cenário muda. A medida da Aneel busca equilibrar os custos de geração diante da queda no volume das chuvas.
Valores e regras da bandeira tarifária na conta de luz
-
Bandeira verde – SEM COBRANÇA – condições favoráveis de geração de energia;
-
Bandeira amarela – R$ 1,885 a cada 100 kWh – condições menos favoráveis de geração de energia;
-
Bandeira vermelha – R$ 4,463 a cada 100 kWh – condições difíceis de geração de energia; acionamento de usinas mais caras;
- Bandeira vermelha 2 – R$ 7,877 a cada 100 kWh – condições mais complicadas de geração de energia; acionamento de usinas mais caras.