Mudanças à vista para quem conta com o seguro-desemprego; hora de refazer os planos

O futuro do seguro-desemprego no Brasil está em debate. Com o aumento das despesas e a necessidade de garantir a sustentabilidade do sistema, o Governo Federal busca reformular as regras do benefício. As propostas em discussão tem o objetivo de equilibrar a proteção aos trabalhadores com a necessidade de conter os gastos públicos.

Mudanças à vista para quem conta com o
seguro-desemprego; hora de refazer os planos. (Imagem:  Jeane de Oliveira/ FDR)

O seguro-desemprego, criado para auxiliar trabalhadores que perderam seus empregos, tem se mostrado cada vez mais difícil para os cofres públicos. A alta demanda pelo benefício, mesmo em períodos de crescimento econômico, tem gerado preocupação.

A especialista Lila Cunha, colaboradora do FDR, comenta mais sobre o seguro-desemprego, confira. Saiba mais sobre o assunto no vídeo do especialista Ariel França, colaborador do FDR.

Quais as principais propostas?

  • Abate da multa rescisória: uma das ideias mais discutidas é a possibilidade de descontar a multa rescisória do FGTS do valor total do seguro-desemprego. Essa medida visa reduzir o valor pago ao trabalhador e desestimular a rotatividade de funcionários;
  • Correção do valor do benefício: outra proposta é atrelar o valor do seguro-desemprego ao salário mínimo, com reajustes apenas pela inflação. Atualmente, o valor do benefício é calculado com base no salário médio dos últimos três meses;
  • Aumento do juros do PIS/Cofins: uma terceira alternativa é aumentar a contribuição de setores com alta rotatividade de mão de obra, como o comércio e os serviços, para financiar o seguro-desemprego.

Por que essas mudanças?

As propostas de reforma do seguro-desemprego buscam:

  • Reduzir os gastos públicos: as medidas visam conter o crescimento das despesas com o benefício, que têm pressionado o orçamento federal;
  • Incentivar a permanência no emprego: ao tornar o seguro-desemprego menos atrativo, espera-se que os trabalhadores busquem se manter empregados por mais tempo;
  • Combater a informalidade: as mudanças podem contribuir para reduzir a informalidade no mercado de trabalho, ao desestimular a prática de demissões e recontratações para garantir o recebimento do benefício.

Yasmin NascimentoYasmin Nascimento
Jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), com MBA em Digital Strategy também pela Unicap. Com experiência em redação e gestão de redes sociais, a carreira de jornalista começou na redação do Diario de Pernambuco, indo desde estagiária até editora assistente, contribuindo com o conteúdo factual, as redes sociais do jornal e SEO. Além disso, também tem experiência como social media em agências, trabalhando com uma variedade de segmentos e marcas.