Encontrar noticias que falam sobre baixa nos preços de alimentos é raro. Mas é isto mesmo que está acontecendo principalmente com alface, tomate e melancia que estão entre os produtos do hortifrúti que mais caíram de preço no último mês. A diminuição no valor destes alimentos acontece em decorrência da pandemia do coronavírus e a sazonalidade da oferta. As informações são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com o levantamento, o tomate atingiu uma queda de 29,6% em seu preço na Central de Abastecimento (Ceasa) do Rio de Janeiro e de 23,1% em Belo Horizonte.
O alface apresentou o menor volume para vendas e também sofreu uma baixa em seus preços. Os locais onde as maiores baixas foram registradas na central de Vitória (-29%), Belo Horizonte (-25,8%) e em São Paulo na Ceagesp (-3%).
Frutas
Entre as frutas, a melancia é que atingiu a maior queda percentual em seu preço e foi vendida na central de Goiânia com diminuição de 33,18%. A baixa demanda causada pelas chuvas em locais consumidores e o frio em outros, reduziram o consumo da fruta e consequentemente seu preço.
A banana nanica e a prata tiveram uma produção reduzida em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, que são considerados os grandes produtores do Brasil. Os mercados atacadistas que baixaram os preços dessa fruta, foram a central mineira (16,60%) e a de Goiânia (7,05%).
Alimentos com aumento de preço
Existe também o outro lado da moeda, entre os alimentos que subiram de preço estão a batata e a cebola. As informações da Conab mostram que o aumento foi significativo.
A batata que teve uma safra pequena ocasionou uma menor oferta do alimento, que acabou puxando os preços para cima. Este acontecimento atingiu todos os mercados analisados e a alta nos preços ficou entre 2,34% na CeasaMinas-Belo Horizonte e de 33,18% na Ceasa/RJ no Rio de Janeiro.
Já para a cebola o aumento do preço foi ainda mais intenso. A porcentagem de alta ficou entre 26,75% na Ceasa/GO-Goiânia e de 80,20% na Ceagesp-São Paulo.
As causas do aumento são a produção em sua grande maioria no Sul do país que diminuiu em abril, e o atraso na saída da produção no nordeste causada pelas chuvas.