Desde que o governo anunciou a liberação do auxílio emergencial no valor de R$600 para assistenciar as famílias carentes no período de crise do coronavírus, foram definidos alguns grupos para saque. Sendo: inscritos no Bolsa Família, inscritos no Cadastro Único, mas que não recebem o Bolsa, e trabalhadores sem vínculo em carteira de trabalho. No entanto, boa parte destes estão se queixando de exclusão e não receberam o valor prometido.
Quando questionado sobre o assunto, o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, afirmou que dos 14 milhões de famílias inscritas no programa Bolsa Família, pelo menos 700 mil não serão beneficiados com o novo valor.
De acordo com Guimarães, a justificativa é que esse grupo excluído do auxílio de R$600 não cumpre com as regras determinadas para o recebimento. Como, por exemplo, não possuir trabalho registrado, e não ser beneficiário de outro programa do governo (ex.: BPC, aposentadoria, pensões).
No entanto, segundo retratado por demais portais de notícias e como relatado por leitoras do FDR, o auxílio não chega nem mesmo aos que deveriam receber os R$600 prometido por três meses.
“Eu sou beneficiária do Bolsa Família, estou desempregada não tenho nem uma renda. Não recebi o auxílio [R$600], mas sim o valor normal da minha bolsa. Eu fiz meu cadastro duas vezes no site da Caixa, foram negados, alegando que tenho emprego formal, sendo que não tenho”, disse Dayane, em mensagem ao FDR.
Como cumprem com os requisitos divulgados pelo governo para ter acesso ao auxílio emergencial, e até mesmo ao benefício com dobro de valor prometido para mães solteiras chefes de família. Quando vão sacar o crédito, as mulheres acabam se decepcionando ao ver que o valor creditado é o mesmo do salário comum.
A quantia veio como uma assistência do governo durante o período de pandemia do Covid-19, em que a principal recomendação é o isolamento social. Logo, muitos trabalhadores autônomos deixaram de atuar nos comércios e ruas, perdendo grande parte da sua renda.
O benefício será pago em três parcelas, os inscritos do Bolsa Família e Cadastro Único não precisa realizar nenhuma outra inscrição. Mas, não foi informado pelo governo federal ou Caixa Econômica as formas de contestar o valor liberado nesses casos.
A segunda parcela será paga a partir do dia 18 de maio, seguindo o calendário comum do programa. A Caixa informou que os demais beneficiados receberão o auxílio emergencial em datas diferentes, a fim de evitar aglomerações nas agências.